Alerta, alerta, a Duquesa de Sussex não está bem!! Deve ser sindicalista das novas mamãs, de certeza, o raio da mulher, que não se sabe colocar no lugar dela - que é sorridente e maravilhosa para as câmaras. Sempre!
E pronto, agora que o mundo ficou chocado com as revelações bombásticas da Meghan Markle, vou escrever sobre este maravilhoso mundo que é o pós-parto/deixei de existir como um ser independente e passei a ser a mamã do bebé.
Quase ninguém me pergunta se eu estou bem.
Sinto-me sozinha.
Eu não estou bem.
De um dia para o outro deixei de ser a grávida apaparicada para passar a ser a mãe invisível.
A maternidade é muito exigente.
Ser mãe é extremamente cansativo.
Tive o meu filho aos 36 anos, o que me deu bastante tempo para assistir a gravidezes lindas e maravilhosas, seguidas do nascimento de bebés lindos e maravilhosos e de mães lindas e maravilhosas. E, em 36 anos de vida, apenas duas pessoas me disseram, ipsis verbis, que não gostaram de estar grávidas e que ser mãe é duríssimo - sem nunca terem dito que estão arrependidas da decisão de ter filhos. Depois, tirando um desabafo ou outro, todas as outras pessoas preferem dourar a pílula e falar apenas do lado positivo da maternidade, escondendo o outro lado da moeda.
Honestamente, perdoem-me as amigas de discurso mais realista, achei que estavam a exagerar. Talvez os seus bebés fossem mais exigentes que o normal ou talvez os seus processos de gravidez/maternidade tivessem sido ligeiramente mais complicados que a maioria. Cada uma vive o momento com as suas condicionantes específicas e de acordo com a sua personalidade - talvez elas fossem apenas mais sensíveis a determinados aspectos. Talvez elas fossem a excepção que confirma a regra: a gravidez e a maternidade são lindas e maravilhosas! Foi o que eu pensei, até chegar a minha vez.
Uma coisa é certa, e acho que ninguém discorda: a gravidez é um milagre da natureza! Quando, às 8 ou 9 semanas de gravidez, se começa a ouvir um novo coração a bater a sensação é arrebatadora, a puxar para o surreal. É maravilho saber e sentir que há uma pessoa a crescer dentro de nós!
Mas daí até ser agradável...
Restrições alimentares, enjoos, retenção de líquidos, edema externo, edema interno, dor nas mamas, dor nas costas, hormonas aos saltos, apetite desmedido, peso adicional, restrições estéticas, dificuldade em dormir, acordar constantemente para fazer xixi, azia... E, no entanto, no balanço dos prós e contras, as mulheres que querem ser mães nunca deixam que a longa lista de contras bata o único pró: gerar uma vida nova!
E no fim de uma gravidez mais ou menos complicada - com toda a atenção que é devida à portadora do bebé - a preocupação do mundo para com ela morre aqui: Olá, eu sou o bebé, nasci no dia x, com y kg e z cm. Correu tudo bem, eu e a minha mamã estamos bem.
Depois disto, a mamã passa a ser invisível ao comum dos mortais (sendo ela própria uma comum mortal). O mundo passa, naturalmente, a girar à volta do bebé, e a mãe, que está a passar por um período turbulento a todos os níveis, é um bocadinho esquecida. E o tempo vai passando, o cansaço vai-se acumulando e, a determinada altura, já passamos o nosso limite! Ei, que é feito de mim? Onde fui? Onde está a minha vida?
E nem vou falar do período de licença do pai. Mais um tópico onde a mãe é esquecida. Ao fim de meia dúzia de dias o pai regressa ao trabalho e a mãe fica sozinha "com a criança nos braços", literalmente. Quantas são as mães que não conseguem alimentar-se em condições ou, sequer, tomar um banho? Quantas mães levam os filhos ao colo para a casa de banho quando têm de fazer xixi?
Não posso escrever sobre amamentação porque, infelizmente, não amamentei. Mas acredito que seja assunto para acrescentar vários parágrafos a este texto!
E agora, voltando àpobre Duquesa, deixo aqui um conselho essencial à sua vida de recém mamã: estala os dedos, mulher!! Ambrósio, apetece-me algo...
E é assim, o nascimento de um filho reduz-nos à nossa insignificância, dando-nos toda uma nova perspectiva de vida.
E pronto, agora que o mundo ficou chocado com as revelações bombásticas da Meghan Markle, vou escrever sobre este maravilhoso mundo que é o pós-parto/deixei de existir como um ser independente e passei a ser a mamã do bebé.
Quase ninguém me pergunta se eu estou bem.
Sinto-me sozinha.
Eu não estou bem.
De um dia para o outro deixei de ser a grávida apaparicada para passar a ser a mãe invisível.
A maternidade é muito exigente.
Ser mãe é extremamente cansativo.
Tive o meu filho aos 36 anos, o que me deu bastante tempo para assistir a gravidezes lindas e maravilhosas, seguidas do nascimento de bebés lindos e maravilhosos e de mães lindas e maravilhosas. E, em 36 anos de vida, apenas duas pessoas me disseram, ipsis verbis, que não gostaram de estar grávidas e que ser mãe é duríssimo - sem nunca terem dito que estão arrependidas da decisão de ter filhos. Depois, tirando um desabafo ou outro, todas as outras pessoas preferem dourar a pílula e falar apenas do lado positivo da maternidade, escondendo o outro lado da moeda.
Honestamente, perdoem-me as amigas de discurso mais realista, achei que estavam a exagerar. Talvez os seus bebés fossem mais exigentes que o normal ou talvez os seus processos de gravidez/maternidade tivessem sido ligeiramente mais complicados que a maioria. Cada uma vive o momento com as suas condicionantes específicas e de acordo com a sua personalidade - talvez elas fossem apenas mais sensíveis a determinados aspectos. Talvez elas fossem a excepção que confirma a regra: a gravidez e a maternidade são lindas e maravilhosas! Foi o que eu pensei, até chegar a minha vez.
Uma coisa é certa, e acho que ninguém discorda: a gravidez é um milagre da natureza! Quando, às 8 ou 9 semanas de gravidez, se começa a ouvir um novo coração a bater a sensação é arrebatadora, a puxar para o surreal. É maravilho saber e sentir que há uma pessoa a crescer dentro de nós!
Mas daí até ser agradável...
Restrições alimentares, enjoos, retenção de líquidos, edema externo, edema interno, dor nas mamas, dor nas costas, hormonas aos saltos, apetite desmedido, peso adicional, restrições estéticas, dificuldade em dormir, acordar constantemente para fazer xixi, azia... E, no entanto, no balanço dos prós e contras, as mulheres que querem ser mães nunca deixam que a longa lista de contras bata o único pró: gerar uma vida nova!
E no fim de uma gravidez mais ou menos complicada - com toda a atenção que é devida à portadora do bebé - a preocupação do mundo para com ela morre aqui: Olá, eu sou o bebé, nasci no dia x, com y kg e z cm. Correu tudo bem, eu e a minha mamã estamos bem.
Depois disto, a mamã passa a ser invisível ao comum dos mortais (sendo ela própria uma comum mortal). O mundo passa, naturalmente, a girar à volta do bebé, e a mãe, que está a passar por um período turbulento a todos os níveis, é um bocadinho esquecida. E o tempo vai passando, o cansaço vai-se acumulando e, a determinada altura, já passamos o nosso limite! Ei, que é feito de mim? Onde fui? Onde está a minha vida?
E nem vou falar do período de licença do pai. Mais um tópico onde a mãe é esquecida. Ao fim de meia dúzia de dias o pai regressa ao trabalho e a mãe fica sozinha "com a criança nos braços", literalmente. Quantas são as mães que não conseguem alimentar-se em condições ou, sequer, tomar um banho? Quantas mães levam os filhos ao colo para a casa de banho quando têm de fazer xixi?
Não posso escrever sobre amamentação porque, infelizmente, não amamentei. Mas acredito que seja assunto para acrescentar vários parágrafos a este texto!
E agora, voltando à
E é assim, o nascimento de um filho reduz-nos à nossa insignificância, dando-nos toda uma nova perspectiva de vida.
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