hoje sonhei contigo. estavas a mostrar-me um documento qualquer e quando viraste uma página apareceu uma fotografia tua. estavas acompanhado por uma rapariga. não lhe vi a cara, não me interessava saber quem era, só queria saber o que fazia ali. tentaste disfarçar, passando rapidamente para a página seguinte, mas eu pus-te à vontade com uma frase descomprometida que era suposto fazer-te acreditar que já não gosto de ti, que me é indiferente que exista alguém e que até fico contente se houver. qualquer coisa ao bom estilo "ah, afinal há aí qualquer coisa, conta-me!". lembro-me de ter ficado triste, no meu sonho, enquanto dizia estas palavras. gosto de ti, pronto.
disseste-me que andavam juntos, mas que era só para passar o tempo "nada de especial.". na vida real não teria acreditado em ti, mas no sonho acreditei. as tuas palavras sossegaram a minha tristeza. é ridículo, eu sei, mas nos sonhos somos mais genuínos e não tememos a rejeição e o ridículo.
a nossa mente engendra formas estranhas de nos fazer recordar as pessoas. trabalha misteriosamente tramas dignos dos mais belos romances, quando não está mais inclinada para o drama. mostra-nos quem somos, do que somos feitos, de onde viemos e para onde queremos ir.
fiquei com saudades tuas. outra vez. recordei, particularmente, o teu sorriso ao receber-me. era tão acolhedor, tão sincero, tão "amo-te!", tão "já não podia esperar mais!" que me fez questionar sobre se alguma vez o meu sorriso te fez sentir o mesmo. era isso mesmo que o meu sorriso queria dizer. espero, do fundo do coração, que tenha dito.
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