só quando recebi o convite para ir fazer os testes de avaliação de potencial é que ficou claro na minha mente: eu era a pessoa com maior potencial da empresa!!!
fiquei em estado de choque quando chegou a minha avaliação de desempenho profissional: 27%. mas uma pessoa com uma avaliação de 27% merece, sequer, viver? viver talvez, vá, mas ter um emprego com certeza que não!
foi um e-mail oficial dos recursos humanos que me indicou que eu era perfeitamente incompetente. numa escala de 0 a 100 eu era um 27.
não odiei a besta imediatamente depois de ter recebido o e-mail. antes de isso acontecer odiei-me a mim própria - mas afinal o que andava eu a fazer no mundo? sombra?
tocou o telefone, era o tipo dos recursos humanos para me despedir, tive a certeza. "pode vir ao meu gabinete? preciso de falar consigo por causa da avaliação". claro que precisava de falar comigo por causa da minha avaliação, eu não ia perceber sozinha que já tinha sido despedida. (aliás, mesmo que quisesse, não tinha capacidade para tal feito.)
- quando recebi a sua avaliação de
desempenho liguei logo ao seu chefe porque pensei que ele se tinha enganado. ele garantiu-me que não, que era mesmo essa a sua avaliação. eu perguntei-lhe
se havia alguma coisa que pudéssemos fazer para a ajudar, alguma formação,
qualquer coisa, mas ele disse que não, que você tinha todas as competências
técnicas necessárias e que o problema é a sua atitude profissional.
oh, valham-me os santinhos todos, a minha atitude? nem sequer me iam despedir. iam deixar-me percorrer o corredor da vergonha... quase que conseguia imaginar o cenário:
ah?!? come again!?! não devo o quê? deves ser parvo, mas é!! tive 27%, a pergunta é "em que é que posso piorar?" essa, sim, é uma pergunta à qual não consigo responder sozinha!
- não lhe diga que acha a
avaliação errada ou injusta, pergunte-lhe só em que é que pode melhorar.
wtf?!? 27% não será um bocadinho injusto? nem digo que seja muito, porque sou uma nódoa de pessoa, mas nem sequer um bocadinho? será que isto é para os apanhados?!?
conclusão: não fui despedida e ia ter mesmo de falar com a besta. oh, triste sina a minha!
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