Foi muito duro começar uma dieta rigorosa de um dia para o outro, numa altura em que tinha como principal actividade enfardar pão. Sou uma pessoa simples, nada dada a gourmesismos - pão é vida!
Mais duas ou três semanas se passaram até ter uma consulta de rotina no centro de saúde.
- Você tem as tensões altas. Costuma ter?
- Não sei, acho que não. Nunca ninguém me falou sobre isso...
- Vá vigiando, meça dia sim dia não na farmácia, para controlar, e cozinhe com muito pouco sal, ou até nenhum. Se estiverem acima de 10/14 vá à urgência.
Na consulta da diabetes ninguém me tinha falado no sal, devia evitar tudo, menos o sal. Pronto, já estava na lista também.
Evite comer, mas alimente-se bem porque está grávida, sim?
Na minha cabeça, era isto que estava a acontecer. Não podia comer nada, mas tinha de me alimentar na mesma. E bem, porque não se tratava apenas de auto alimentação, se é que me entendem. Foram tempo difíceis. Durante semanas alimentei-me a sopa, bolachas de água e sal, iogurtes naturais, queijo fresco e pequenas porções de carne, peixe, fruta, pão, arroz, massa, batatas, etc. Já referi que foram tempos difíceis?
Entretanto, porque a preguiça era a ordem do dia e devia evitar caminhar, comprei uma máquina de medir as tensões, para não ter de me deslocar à farmácia sempre que as queria medir. Fui fazendo controlo diário e, mais coisa menos coisas, foram estando altinhas-ó-normal até ao dia:
- Tenho as tensões a 16/12! Vou tentar relaxar e depois meço outra vez, a ver se baixam.
Não baixaram. Eram 3 da manhã quando fui à urgência. Fizeram os testes do costume (já lá tinha ido 2 vezes por ter uma pequena perda de sangue e dores fortes no fundo das costas) e detectaram proteína na urina - acho que percebi logo. Disseram que ia ter de fazer análises sanguíneas e esperar pelo resultado. Foram horas de espera. Quando me voltaram a chamar foi para me dizerem que ia ser internada. Pré-eclâmpsia. Tinha 32 semanas de gestação.
Conheço pessoas que adoraram estar grávidas e eu tenho mesmo muita pena de não ter conseguido aproveitar a minha gravidez. Acho que ver e ouvir o bebé nas ecografias e senti-lo a mexer na barriga eram as únicas coisas boas no meio de todas as complicações que foram surgindo.
Mas a saga gravidez ainda não tinha terminado...
Mais duas ou três semanas se passaram até ter uma consulta de rotina no centro de saúde.
- Você tem as tensões altas. Costuma ter?
- Não sei, acho que não. Nunca ninguém me falou sobre isso...
- Vá vigiando, meça dia sim dia não na farmácia, para controlar, e cozinhe com muito pouco sal, ou até nenhum. Se estiverem acima de 10/14 vá à urgência.
Na consulta da diabetes ninguém me tinha falado no sal, devia evitar tudo, menos o sal. Pronto, já estava na lista também.
Evite comer, mas alimente-se bem porque está grávida, sim?
Na minha cabeça, era isto que estava a acontecer. Não podia comer nada, mas tinha de me alimentar na mesma. E bem, porque não se tratava apenas de auto alimentação, se é que me entendem. Foram tempo difíceis. Durante semanas alimentei-me a sopa, bolachas de água e sal, iogurtes naturais, queijo fresco e pequenas porções de carne, peixe, fruta, pão, arroz, massa, batatas, etc. Já referi que foram tempos difíceis?
Entretanto, porque a preguiça era a ordem do dia e devia evitar caminhar, comprei uma máquina de medir as tensões, para não ter de me deslocar à farmácia sempre que as queria medir. Fui fazendo controlo diário e, mais coisa menos coisas, foram estando altinhas-ó-normal até ao dia:
- Tenho as tensões a 16/12! Vou tentar relaxar e depois meço outra vez, a ver se baixam.
Não baixaram. Eram 3 da manhã quando fui à urgência. Fizeram os testes do costume (já lá tinha ido 2 vezes por ter uma pequena perda de sangue e dores fortes no fundo das costas) e detectaram proteína na urina - acho que percebi logo. Disseram que ia ter de fazer análises sanguíneas e esperar pelo resultado. Foram horas de espera. Quando me voltaram a chamar foi para me dizerem que ia ser internada. Pré-eclâmpsia. Tinha 32 semanas de gestação.
Conheço pessoas que adoraram estar grávidas e eu tenho mesmo muita pena de não ter conseguido aproveitar a minha gravidez. Acho que ver e ouvir o bebé nas ecografias e senti-lo a mexer na barriga eram as únicas coisas boas no meio de todas as complicações que foram surgindo.
Mas a saga gravidez ainda não tinha terminado...
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