São acontecimentos pontuais que nos fazem questionar toda a nossa existência. O resto do tempo andamos em modo de poupança de energia, sem levantar muitas ondas, a ver se a vida vai passando suavemente, calma e indolor.
Mas depois, nos momentos mais duros, e a avaliar pelas incontáveis desigualdades e injustiças que presenciamos diariamente, fica mesmo a sensação de que isto é apenas uma sequência de acontecimentos aleatórios e de que não há nada que possamos fazer para que o universo conspire a nosso favor, para que não saia o nosso número.
Deus, o que fazemos? Continuamos a rezar, pedindo que a nossa vida e a vida das nossas pessoas vá passando sem grandes sobressaltos e agradecendo a nossa boa sorte? E, sendo assim, é mesmo sorte?
"Deus escreve direito por linhas tortas."
Eu sei, ouvi isto toda a minha vida. Não toda a minha vida, apenas nos momentos trágicos e de aflição! Porque é muito fácil acreditar quando a vida nos dá flores. Mas, e agora? Agora que o mundo se virou de pernas para o ar e a revolta nos invade o coração como um punhal: cravado e rodado vezes sem conta, até ficarmos sem forças e nos deixarmos cair. Com o punhal preso no coração.
Nós sabemos que o tempo nos vai ajudar mas, até lá, é tão difícil, Deus. Parece-nos tão injusto. Tão injustificado. Tão triste. Tão revoltante. Porquê? É um castigo? P'ra quem vai ou p'ra quem fica? Ou é o "ter de ser"? (O "ter de ser" é tramado, é mais um dos que apenas dá um ar da sua graça nos momentos difíceis.)
Um dia, com certeza, perceberemos os teus desígnios. Um dia haveremos de estar contigo e achar ridículas todas estas dúvidas que nos assombram nestes momentos de aflição. Um dia tudo será claro.
Até lá, Deus, deixo-te o meu sincero agradecimento pela vida, pela família, pelos amigos e pelas incontáveis alegrias. Obrigada pelos dias de sol e pela chuva. Pelas plantas, pelos animais, pelo mundo que criaste. Obrigada pelas dificuldades que nos ajudaste a superar e que fizeram de nós pessoas melhores e mais fortes. Obrigada pela força e pelo carinho.
Nós sabemos, Deus. Mesmo nos momentos que nos fazem questionar, nós não nos esquecemos.
Descansa em paz, F.
Mas depois, nos momentos mais duros, e a avaliar pelas incontáveis desigualdades e injustiças que presenciamos diariamente, fica mesmo a sensação de que isto é apenas uma sequência de acontecimentos aleatórios e de que não há nada que possamos fazer para que o universo conspire a nosso favor, para que não saia o nosso número.
Deus, o que fazemos? Continuamos a rezar, pedindo que a nossa vida e a vida das nossas pessoas vá passando sem grandes sobressaltos e agradecendo a nossa boa sorte? E, sendo assim, é mesmo sorte?
"Deus escreve direito por linhas tortas."
Eu sei, ouvi isto toda a minha vida. Não toda a minha vida, apenas nos momentos trágicos e de aflição! Porque é muito fácil acreditar quando a vida nos dá flores. Mas, e agora? Agora que o mundo se virou de pernas para o ar e a revolta nos invade o coração como um punhal: cravado e rodado vezes sem conta, até ficarmos sem forças e nos deixarmos cair. Com o punhal preso no coração.
Nós sabemos que o tempo nos vai ajudar mas, até lá, é tão difícil, Deus. Parece-nos tão injusto. Tão injustificado. Tão triste. Tão revoltante. Porquê? É um castigo? P'ra quem vai ou p'ra quem fica? Ou é o "ter de ser"? (O "ter de ser" é tramado, é mais um dos que apenas dá um ar da sua graça nos momentos difíceis.)
Um dia, com certeza, perceberemos os teus desígnios. Um dia haveremos de estar contigo e achar ridículas todas estas dúvidas que nos assombram nestes momentos de aflição. Um dia tudo será claro.
Até lá, Deus, deixo-te o meu sincero agradecimento pela vida, pela família, pelos amigos e pelas incontáveis alegrias. Obrigada pelos dias de sol e pela chuva. Pelas plantas, pelos animais, pelo mundo que criaste. Obrigada pelas dificuldades que nos ajudaste a superar e que fizeram de nós pessoas melhores e mais fortes. Obrigada pela força e pelo carinho.
Nós sabemos, Deus. Mesmo nos momentos que nos fazem questionar, nós não nos esquecemos.
Descansa em paz, F.