segunda-feira, 23 de setembro de 2013

há dias assim...

em que acordamos a sentir-nos miseráveis...
em que o mundo simplesmente conspira contra nós...
em que temos vontade de desistir de tudo...
em que nada vale a pena...
em que sentimos as nossas forças esgotarem-se lentamente...
em que carpe diem soa apenas e só a deixa de cinema...

há dias que mais valia não existirem... podíamos envelhecer esse dia na mesma, mas sem termos de o viver!

há dias assim...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ah?? viro ligeiramente p'ra onde??

o meu sentido de orientação (escrevo como se tivesse um...) é uma merda. não é que eu não reconheça a esquerda e a direita, quando elas me aparecem à frente, mas sair na primeira à esquerda, na segunda saída da rotunda e virar na terceira à direita já é demasiada informação para mim!! a informação entra com a formatação correcta mas rapidamente é processada e transformada em dilemas do género: sair na primeira à esquerda, na segunda rotunda sair na terceira à esquerda e virar à direita. o meu cérebro não é capaz de armazenar este tipo de informação na ordem correcta. consigo decorar números de telefone, matriculas e montes de letras completas de músicas, que não interessam a ninguém, mas informação geográfica não! é escusado tentar....

desvios por motivo de obras e ruelas em rotundas são alguns dos meus maiores pesadelos orientacionais (ou whatever...). quando a rua é mesmo manhosa e tem todo o ar de ir dar a nenhures (ou whatever...) entra na mesma na contagem das saídas? e quem me garante que aquela placa de desvio tem sósias até ao local onde eu vou saber outra vez onde estou? e aquelas ruas, com ar inofensivo, que podiam muito bem ir dar a um parque ajardinado e em vez disso nos levam a uma via rápida qualquer, onde termos de percorrer quilómetros até encontrarmos uma saída onde possamos voltar para trás? é o terror! mas terrorífico mesmo é quando essa saída não dá directamente para uma rotunda onde possamos entrar directamente na mesma via rápida mas em sentido contrário!! uuuuuh...

e agora imaginem isto tudo... de noite!! :o :o :o assustador, eu sei!!

sou uma pessoa bastante previsível, mas o que podem contar que faça sempre é ir do ponto a até ao ponto b sempre pelo mesmo caminho, mesmo que existam 13 caminhos mais curtos, mais baratos ou simplesmente melhores. se eu conheço um caminho é esse o caminho que eu vou fazer! já, por diversas vezes, tentei fazer "o caminho mais rápido" e o número de vezes em que esse caminho se tornou menos rápido, por motivo de desorientação crónica, é praticamente o mesmo das vezes em que tentei.

a última aventura à numbi, neste maravilhoso mundo da desorientação geográfica, levou-me de penafiel a santo tirso pelo segunte trajecto: a4, a41 "ai, minha nossa senhora, que virei no sitio errado e isto não é a a41!! e agora o que faço?!? espinho?!? :o :o isso não é para sul?? eu não quero ir para espinho!!", a43 (para quem não sabe, como eu não sabia, a a43 é uma autoestrada que liga duas terras entre as quais só há floresta densa e microclimas muito estranhos) "porto, diz ali porto, yes!!!!", circunvalação, a3, a41, alfena, santo tirso.

ontem fiz dois pequenos desvios para chegar a casa de uma amiga. bem, na realidade, o que fiz foi perder-me duas vezes no mesmo sítio antes de perceber qual era o caminho certo, fiz o mesmo "pequeno desvio" duas vezes, foi isso... com o gps ligado... sim...

embora considere que os gpss não são muito user friendly, porque os cruzamentos com sobreposição de estradas ainda  me dão pequenos nós no cérebro, tenho de dar a mão à palmatória e dizer-vos que, para mim, depois da televisão, do micro-ondas, do computador, do telemóvel e das máquinas fotográficas, o gps é a melhor invenção de sempre!! eu sei que pondo as coisas nesta perspectiva se perde um bocadinho o impacto da sua importância mas, acreditem em mim, o gps está na minha lista de melhores amigos! (não, nunca experimentei a bimby nem a sizzix...) e toda a gente tem um amigo que só diz disparates, não é??

escrevo sobre publicidade #22


não conheço o produto mas, dado tratar-se de uma marca de água, suponho que seja... como as outras. mais ácida ou mais básica, há-de ser inodora, insípida e incolor... a correr tudo bem. 

mas este não é um dos anúncios mais fofinhos de sempre?!?

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

levaste a tua metade do nosso abraço...

falava-se aqui de amar à distância. falava-se daquele amor arrebatador que a distância pode arrefecer até à extinção. não do nosso amor, porque "o nosso é tão especial" que "vai correr tudo bem.", "se quisermos é possível.".  
e, afinal, houve um tipo qualquer, que não conhecemos de lado nenhum, que escreveu exactamente o que sentimos e arruinou a nossa imunidade à distância... a vida, simplesmente, não é justa...
nós que tínhamos a certeza de que nada nos poderia separar, nós que finalmente descobrimos o amor puro e verdadeiro, nós que fazemos parte do restrito grupo de pessoas que conseguiu encontrar a peça que lhe faltava, nós que temos uma relação tão especial... nós, tu e eu... nós... eu e tu... cada vez mais distantes de nós... a distância é um poderoso veneno que corrói lentamente o nós reduzindo-o novamente a apenas tu e apenas eu.

mas isso não vai acontecer-nos, amor, não a nós! nós somos superiores à distância! e quando essa víbora tentar envenenar-nos (e vai tentar, tenho a certeza!) só teremos de a relembrar de que 'quem nasce pobre já tem de vir forte, quando o doutor dá as boas-vindas um anjo deseja boa sorte'. nascemos em ti, distância, conhecemos-te bem, esperávamos que já nos conhecesses melhor!! aqui, entre nós, és o elo mais fraco!

é possível resistir à distância, não tenho dúvidas disso, mas conheço bem as dificuldades! já as senti na pele e começa agora um novo ciclo de dificuldades. oh, vida madrasta...

mas não é desse tipo de amor que quero falar-vos neste post. ("sério, numbi?? ninguém diria!!" pois, entusiasmei-me... mil perdões, sim?) o amor de que quero falar-vos é o amor que não treme com a distância, o amor que resiste ao desprezo e que sobrevive à traição.

pouco antes de me acenares um "até já, não fiques triste que vai correr tudo bem!" disseste-me qualquer coisa do género "está toda a gente a desejar-me boa sorte, coragem, força que isso vai passar rápido..." e depois lembraste-me de que ir não era fácil, mas também não era dramático. de que ias estar bem. "ainda bem!" era o que eu deveria ter pensado mas, se bem me recordo, o flash que me assolou foi mais do género "eu sei que vais estar bem..." não no sentido de 'been there done that', mas no sentido de 'o desconforto é o melhor caminho p'ra casa', if you know what i mean.

depois, por coincidência (juro que não andei a procurar textos deprimentes na internet! juro!!) li este texto e percebi! percebi e vou responder ao que me disseste.

se não contares com os votos casuais de "boa sorte, boa viagem e coragem que isso vai correr bem", podes interpretar tudo o resto como "vais fazer-me muita falta, vou precisar de muita coragem para continuar sem ti!", "estou com o coração apertadinho por te ver partir... volta depressa!" "nem que sejam só dois anos, são dois anos que não poderemos recuperar..." (esta até tem direitos de autor...).

"vai passar rápido!" é um sinónimo de "volta depressa, por favor volta depressa!"
"boa sorte!" p'ra ti e para mim, que bem vou precisar!
"coragem!" precisa-se!!
"força!", por favor dá-me força para conseguir sobreviver sem ti!

porque quem parte vai à aventura, por necessidade, pela promessa de uma vida melhor ou, por vezes, apenas pela ambição de um salário melhor. quem parte aceita um desafio e quem aceita um desafio está em missão! quem parte vai em missão.

nem sempre as missões são pacíficas, nem sempre as missões são fáceis e nem sempre são encaradas com o espírito de superar desafios. as missões são agrestes, duras, as saudades apertam e sente-se a falta de coisas que nem se dava conta de que existiam. quem parte sabe que vai encontrar dificuldades, sabe que vai estar longe da família e dos amigos, sabe que haverá momentos em que desejará não ter partido. quem parte tem de ser lembrar constantemente do objectivo da sua missão, obriga-se a ter os olhos postos no futuro de modo a manter, no presente, a sua força e o seu equilíbrio. quem parte, num egoísmo involuntário, acaba por desvalorizar os efeitos secundários da sua partida.

muitas vezes escapa, a quem parte, a noção das consequências da sua partida em quem fica. a cadeira vazia à mesa, o quarto abandonado, o vazio no banco do passageiro, a fatia de bolo que sobra, a companhia para um copo ao fim da tarde, o confidente de uma vida, o companheiro de brincadeiras, a simples segurança da presença. o bom dia, o beijo, o abraço, o gesto gentil, o sorriso...
a perna que procuramos e não se encontramos debaixo da mesa, o corpo onde complexamente encaixamos o nosso nas cadeiras do cinema, ou só a mão, a mão onde a nossa deveria estar encaixada...

quem parte preenche um novo espaço deixando um rasto de vazio atrás de si...

quem parte leva consigo a metade do abraço a quem fica.

já fui a pessoa que levou metade do abraço, mas agora alguém a levou para longe de mim... hoje sou quem fica...

pronto, era só isso...

escrevi "escravidão sexual" e "violência doméstica" num post e ele teve mais visualizações do que qualquer outro post, ever!! 

tenho a certeza de que não foi a bela da escrita nem o dramatismo da história que levaram as pessoas a lerem o meu post, o que me leva a concluir que algo vai muito mal com esta sociedade!!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

faísca mcqueen

o tipo que ganhou o gt academy, em inglaterra, é português e chama-se: miguel... wait for it... faísca!!

um bocadinho previsível, não?!? acho que já vi esse filme!! :)

o que eu queria dizer era: parabéns faísca! foi um grande feito em terras de sua majestade, (mc)queen!! (não dava mesmo para resistir a esta piada...)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

lixa-se, com f dos grandes!!

já tinha ouvido uns rumores de que o adm tinha rédea curta quando vinha de férias a portugal mas, na minha cabeça, não conseguia criar cenários que conseguissem justificar tais rumores. desconfiava de escravidão sexual (blhec, enojei-me ao escrever isto...) ou de violência doméstica, mas isso acabou! meus amigos, é oficial: a esposa do adm é quem veste as calças lá em casa! e os boxers e a camisa, calça a meinha branca e... desconfio que também desfaz a barba! arriscaria dizer que vê futebol com os pés em cima da mesinha da sala enquanto bebe uma bejeca e come uns tremoços que ele lhe traz, mas... sim, é possível que isso também aconteça!!

já sabia que era ela quem mandava. assisti a diversas conversas, via skype, que não deixavam margem para dúvidas, mas agora vi, com estes olhinhos que a terra há-de comer: a mulher tem uns tomates mesmo grandes!! tem de haver sempre um elemento do casal com tomates, não é? a coisa bem repartida e ainda teríamos ali dois pares bem jeitosos...

ele veio cá fazer uma visita aos velhos colegas (a mim visitou-me porque estou na mesma sala que os colegas dele, não quero que confundam as coisas...). cumprimentou toda a gente e foi logo comunicando que tinha de se ir embora, já vinha, certamente, instruído nesse sentido. não tivesse o homem feito esta comunicação que a senhora trataria imediatamente de a fazer por ele: abriu a porta da sala (onde trabalhamos 8 pessoas), olhou para ele com ar ameaçador, apontou para o relógio e saiu, fechando a porta atrás de si. ele apressou-se a sair da sala, pela porta dos fundos, o que a deve ter confundido porque 30 segundos passados voltou a dar uma olhadela à sala, à sua procura. foi informada de que ele tinha saído por outra porta e lá foi ela à caça.

a relação deles é triste a este ponto:
chefe do adm - adm, vai ter de mentir à sua esposa para irmos jantar todos na sexta-feira à noite.
adm - não, não, é melhor não!
chefe do adm - então almoçamos no domingo...
adm - não, vão vocês, é melhor não arriscar!!
e o que estava a arriscar?? nunca saberemos, mas eu desconfio de violência doméstica... eu, que sou má língua...

o ciúme é uma merda lixada, com f dos grandes, mas a estupidez não lhe fica nada atrás... e estas histórias que relato vão bastante além do ciúme... digo eu, que sou má língua.

já dizia o sr. einstein que "existem apenas duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. e não tenho tanta certeza quanto ao universo" e dizia também o outro senhor, claude chabrol, que "a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência; a inteligência tem os seus limites, a estupidez não."

gente sábia que, com certeza, conhecia gente muito parecida com alguma que eu conheço. se fossem rapazolas novos até arriscaria dizer que temos conhecidos comuns e que poderíamos dar-nos muito bem!

pérolas a porcos

tenho de aprender a estar comigo, só nós, eu comigo! preciso de me libertar de todas as minhas dependências e vícios e perceber que sou muito mais do que aquilo por que me tomo. o meu bem-estar tem de depender exclusivamente de mim, e o que vier por bem será lucro!

tenho de acreditar na minha força, na minha capacidade de superar obstáculos e na minha autonomia. preciso de me dar prioridade!! tenho de ser a personagem principal da minha própria vida! quero ser a personagem principal e quero poder escolher ser boazinha, ser má, ser livre e independente ou ser terna e preocupada. até posso decidir ser tudo ao mesmo tempo, mas tenho de decidir!! eu tenho de decidir!

vivo num mundo utópico que, a cada dia que passa, se revela mais distante da realidade, e preciso de aprender a viver aqui, neste mundo, com todas as suas facilidades e dificuldades.

alguém, lá em cima, deve estar bastante desapontado comigo. pérolas a porcos, senhores, pérolas a porcos...

e mais filmes...

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

pérolas facebook #35

"E nunca presevi o pk de tarem todas a olhar!!!!!!!!!!!!!!"

e eu também não presevo nada... 

pk?!? pk é k alguém haveria de eskrever axim?!?!

como é expectável ver um homem de 107 anos morrer?


quase no mesmo patamar de incredulidade que a notícia, por si só, estão os comentários dos leitores do jn, que falam em "guiness book", "sinal de alzheimer", "enfrentar os seus tiros com lirismo", "belho assanhado", "em todos nós, existe a probabilidade de um dia para o outro, nos tornármos canalhas", "canalhas também envelhecem" e "se nòs tivesse-mos no nosso governo homens assim com tomates tao grandes".

eu sou 100% pró corrector ortográfico! se as pessoas têm ideias estranhas para partilhar que o façam, pelo menos, em português corrente.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"é festa, é festa na minha aldeia..."

não consigo evitar um sorriso e uma chamazinha no coração quando me deparo com um cenário de luzinhas de natal ou arcos festivos. esta é umas das "pequenas coisas da vida" que me fazem feliz, mesmo que seja só por uns segundos, de passagem. e então quando estes arcos estão na minha terra acompanhados pelo fantástico aroma a pipocas e gordura queimada de farturas... hmmmmm, tão bom!!

ontem fui tarde para casa e quando isso acontece normalmente vou em modo "e quê, demoras muito?!?". é um modo que consiste em infringir quase todos os limites de velocidade impostos por lei, estar um bocadinho preocupada com a manhã seguinte e chegar a casa com a sensação de que fiz o caminho todo em piloto automático.
ontem fui nesse modo até entrar na minha terra e me deparar com os arcos de festa que enfeitam as ruas da vila. não consegui evitar um sorriso, a sensação do conforto do lar. e eram tão bonitos os arcos! tinham tulipas e eram tão coloridos! a manhã seguinte pareceu-me menos dramática e a minha vida ficou um bocadinho melhor! passei e a sensação ia acabar... não fiquei satisfeita! a poucos metros de casa, fiz inversão de marcha e voltei a percorrer a estrada dos arcos... bem devagar... parei... registei o momento... e aí sim, senti-me preparada para ir descansar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

thunderstrike

ontem à noite a minha viagem para casa foi feita num cenário deste tipo:


medo, muito medo! os relâmpagos perseguiram-me por 50km e, tenho de confessar, tirei a chave de casa e só depois saí do carro a correr, não fosse o diabo tecê-las. ponderei ficar dentro do carro a noite toda (diz que é o sítio mais seguro para se estar quando se dão estes fenómenos maléficos), mas a minha transcendente coragem permitiu-me fazer 20 metros de corrida em plena tempestade de relâmpagos! (sim, sou a maior!!)

os meus músculos ficavam mais tensos a cada novo clarão e o meu estado de nervos - medo, é medo que se diz - era tal que ao cruzar-me com outro veículo, que fez levantar uma onda de água que se tinha acumulado na estrada, fechei os olhos e pensei "tsunami, tsunami!!". não pensei nada, isto é mentira... o que realmente aconteceu foi que fechei os olhos momentaneamente, completamente alheia ao que se estava ali a passar, e só passados uns segundos consegui voltar a ter pensamentos lógicos e perceber o que aconteceu.

acho que nunca fechei os olhos tantas vezes enquanto conduzia, tal era a frequência e proximidade dos relâmpagos. é oficial: nunca tive tanto medo de relâmpagos como esta noite!