sexta-feira, 30 de março de 2012

o pior lugar da empresa

pensei em começar este post com a expressão “a pedido de várias famílias” mas, na realidade, apenas três pessoas me perguntaram o porquê da minha ausência e duas delas são da minha família e… pronto, é isso…

então, agora a sério, tenho uma óptima explicação para não escrever posts todos os dias a toda a hora (para além de ter de trabalhar e outros pequenos pormenores…): mudei de sector e “eles” aqui são muito maus p’ra mim e dizem que escrevo mal e que se é p’ra isto mais vale estar quietinha! (é mentira, eles apenas poderiam achar isso se conhecessem o blog… não é o caso!)

e agora mesmo a sério: mudei de sector e fiquei com o pior lugar da empresa! (não, não mudei para a limpeza de casas de banho, se é isso que estão a pensar.) (já agora, para os que pensaram o que escrevi atrás, devo informar que limpar casas de banho bate aos pontos aturar algumas “pessoas” que por cá andam. como se costuma dizer – a merda é a mesma, o cheiro é que é diferente.) eu explico, mudei para o pior lugar da empresa porque:
  1. tenho o meu monitor virado para um corredor;
  2. é o corredor de acesso à sala de chuto;
  3. tem uma copa com vista directa para o meu sítio;
  4. e tem uma casa de banho mesmo ao virar da esquina.

não deu para entender? eu explico melhor:

  1. TENHO O MEU MONITOR VIRADO PARA UM CORREDOR!!
  2. todos os meus coleguinhas que fumam tem informação privilegiada sobre o que estou a fazer;
  3. todos os meus coleguinhas com fome, sede e sensação de morte prematura por falta de cafeína no sangue também conseguem tirar algumas conclusões com uma simples olhadela.
  4. das duas uma, ou estão mesmo aflitinhos e cheios de pressa para ir à casinha, ou então tudo o que… vou dizer: quer fazer xixi ou… vou dizer… quer lavar as mãos (é melhor dizer lavar as mãos, eu acho!) também vê o que estou a tramar.

peço, por isso, imensa desculpa por não actualizar o blog como deveria mas, como já referi, tenho mesmo o meu monitor virado para o corredor!

“e hoje não foste trabalhar, é isso?”
“tás a arriscar tudo e a mostrar a toda a gente que estás a escrever no blog?!?”
“vais ser despedida!!”
“não arrisques a vida dos teus netos por nossa causa!”
“numbi, salva-te!”

não se aflijam, amigos, na verdade escrevi isto no word (ninguém desconfia do word, certo?) copiei e abri o blog 30 segundos apenas para publicar, ok?

calma! i’ve got it under control!

sexta-feira, 23 de março de 2012

a mais recente história da minha vida...

agora sim, damos a volta a isto!
agora sim, há pernas para andar!
agora sim, eu sinto o optimismo!
vamos em frente, ninguém nos vai parar!

agora não, que é hora do almoço...
agora não, que é hora do jantar...
agora não, que eu acho que não posso...
amanhã vou trabalhar...

agora sim, temos a força toda!
agora sim, há fé neste querer!
agora sim, só vejo gente boa!
vamos em frente e havemos de vencer!

agora não, que me dói a barriga...
agora não, dizem que vai chover...
agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

agora sim, cantamos com vontade!
agora sim, eu sinto a união!
agora sim, já ouço a liberdade!
vamos em frente, e é esta a direcção!

agora não, que falta um impresso...
agora não, que o meu pai não quer...
agora não, que há engarrafamentos...
vão sem mim, que eu vou lá ter...


quinta-feira, 22 de março de 2012

posts desnecessários #4

descobri a minha vocação e desconfio que não vou conseguir parar... 

posts desnecessários #3

hoje de manhã tive comichão num pé e pensei ":o será que tenho pé de atleta??" e depois ocorreu-me "sim, de facto é a única coisa de atleta que algum dia poderei ter..."

posts desnecessários #2

acrescentei o "#1" ao título do post anterior porque ideias idiotas não me faltam... não sendo bonito de se dizer corresponde à realidade, por isso mando já o #2 para se irem habituado. 

posts desnecessários #1

fui à podologista e ela disse-me para não cortar as unhas dos pés demasiado rente, para as deixar crescer. ultimamente tenho-me questionado se ela quereria ou não dizer "para sempre", é que isto já começou a doer... 

ser-se estúpido devia doer!!

every (working) day... 

"viatura conduzida por um profissional"

gostaria de deixar claro, aqui e agora, que a minha viatura também é conduzida por um profissional. uma profissional*, no meu caso. escusado será dizer que, por este facto, se algum dia tiverem um problema no trânsito comigo a culpa é vossa! "ah, mas..." "mas nada!" se quiserem queixar-se liguem para o número indicado para o efeito. "ah, mas..." "mas quê? não existe número nenhum, é isso? para que querem um número se a culpa é vossa?!? gentinha complicada, pá!"






*uma profissional da construção civil

quarta-feira, 21 de março de 2012

pequenas coisas que adoro #10

"my soul is painted like the wings of butterflies,
fairytales of yesterday will grow, but never die,
i can fly, my friends!"

sentido / dairécxan

as queridas das minhas amigas

existe alguma coisa que uma miúda goste mais do que de ouvir isto: "estás tão magrinha!!"? sim, mesmo nos casos em que ela está realmente magrinha e não boa cumó milho. (que é um conceito com o qual eu não concordo muito, uma vez que não gosto muito de milho.) (ah, e é também um conceito que varia em género, porque é claríssimo que os homens e as mulheres não se entendem no que respeita às características que definem uma 'gaja boa': "gaja boa às 3 horas." "gaja boa?? com aquele cabelo lambidinho?" "cabelo? ah? ninguém falou em cabelos, disse 'gaja boa', não disse gaja penteada..." "tudo bem, mas aqueles vestidos de licra já não se usam desde 1985 e ela tem ali umas banhitas a mais..." "vestido? ah? ninguém falou em roupa, disse 'gaja boa', não disse gaja bem vestida. e, como dizem os outros, 'eu não quero andar na rua com o esqueleto de ninguém'..." "mas... mas..." este diálogo é, obviamente, fictício uma vez que os homens não costumam (sabiamente) anunciar às mulheres que está a passar ali ao lado uma mulher digamos... interessante.)


agora vou explicar o porquê da introdução. 
a semana passada foi o meu aniversário e uma amiga ofereceu-me um pijama - tamanho s. "ei, compraste um s?" "é o que tu usas não é?" "aaaaaaah... vou experimentar." o pijama não me serviu, mas o que quero salientar aqui e agora é que a minha amiga me prestou um elogio! "é o que tu usas, não é?" é a mesma coisa que dizer "estás tão magrinha!", entendem? (rapazes, perceberam? espero que este post vos seja útil! (atenção: oferecer o s só funciona em pessoas que vestem um m, ok? se vestirem um l ficarão com certeza ofendidas... não preciso de explicar, pois não?) (tá bem, eu explico: oferecer um s a uma pessoa que veste um l pode ser interpretado como um "gostava que coubesses aqui dentro, faz lá uma dietazita, sim?" ou, mais dramático, "toma lá, ó gorda, se gostares vai trocar por um do teu tamanho, que só Deus sabe qual é..." não se metam nisso, sério, é perigoso...))

ps: peço desculpa por generalizar isto de as mulheres gostarem que lhes digam que estão magras, sim meninas?? mas já sabem que são a excepção que confirma a regra!! :p

terça-feira, 20 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

dedicado ao meu pai

espero que pense que todos os sacrifícios valeram a pena porque, apesar de nunca lho ter dito, amo-o e estou-lhe eternamente grata por tudo o que fez por mim!

feliz dia do pai! *****


pequenas coisas que adoro #9

perguntei ao vento
onde foi encontrar
mago sopro encanto
nau da vela em cruz
foi nas ondas do mar
do mundo inteiro
terras da perdição
parco império mil almas
por pau da canela e mazagão.


pata de negreiro
tira e foge à morte
que a sorte é de quem
a terra amou
e no peito guardou
cheiro da mata eterna
laranja, luanda sempre em flor.


os sonhos...

sabemos que algo está mal quando passamos na caixa do supermercado e pensamos: "eu podia fazer isto! deve ser espectacular trabalhar na caixa do supermercado!".

após um pequeno percalço na minha carreira profissional, decidi que tinha de mudar de vida, se não vivia satisfeita. (sim, é a letra da música - muito bom conselho, por sinal.) e, de facto, não vivo mesmo nada satisfeita.

"nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir" (by: sêneca), e embora eu não saiba ao certo para onde ir, vou arriscar um caminho porque "triste não é mudar de ideia, triste é não ter ideia para mudar" (by: francis bacon).

é desta que vou levantar o rabinho desta cadeira fofinha e confortável. preciso de descolar deste comodismo desconfortável. vou pôr-me desconfortável para poder apreciar o conforto, vou sofrer um pouco (talvez muito, depois conto-vos) para valorizar o bem-estar, vou dar com a cabeça na parede para que jamais outra parede me assuste, vou enfrentar a vida para que não seja ela a fazer-me frente, vou partir para conhecer o prazer de regressar, vou parar de me rever nas aventuras dos outros e viver as minhas próprias aventuras, vou percorrer o caminho da felicidade com a certeza de que ela não está na meta, mas em cada pormenor da minha existência. (disse existência? queria dizer caminhada...).

é certo e sabido que o ser humano é uma vil criatura de ambição infinita, que por muito que tenha quer sempre mais, e eu não quero ser a excepção, apenas desejo chamar-lhe sonhos e sentir-me em paz enquanto os persigo... 

um parque de estacionamento chamado "portugal"

eu não estaciono em locais proibidos, salvo raríssimas excepções. é uma cena que não me assiste. e, nas raríssimas vezes em que o faço, certifico-me de que não deixo a "biatura" a incomodar os meus "fellow drivers". sim, i'm that cool.
ao que tudo indica, e não me refiro a nenhum estudo do ine, a maioria dos meus "fellow drivers" não tem a mesma consideração por mim. "por ti, numbi? achas mesmo que é pessoal?" "não, claro que não acho que é pessoal!" mas na realidade os senhores agentes da autoridade não ficam nada chateados com estas atitudes (até lhes dá jeito), eu é que fico!! sim, porque acredito que as pessoas estacionam em qualquer sítio porque desafiar a autoridade é giro, entusiasmante! "esta semana passei 4 vermelhos, pisei linhas continuas todos os dias, andei constantemente em excesso de velocidade e até conduzi depois de uma grande bebedeira! os bófias nem cheiraram!"
e uma cena espectacular é: ligar os quatro piscas!! "amigo, como pode ver eu liguei os quatro piscas, pode então ter a certezinha de que apenas parei aqui no meio da estrada porque tenho de tratar de um assunto mega importante, neste preciso momento, e que não tenho tempo para ir estacionar naquele lugar ali à frente! está a ver ali? sim, aquele." e depois, quando nos deparamos com uma situação realmente importante, não acreditamos, claro! "sim, sim, amigo, de certeza que a sua mãe vive no prédio da melhor confeitaria da cidade e está mal e tem de ir ao hospital... menos, pá, essa desculpa ouço-a todos os dias, tente ser mais original!"
e, já agora, alguém conhece um sítio onde é proibido estacionar mas onde se estaciona todos os dias e a toda a hora? porque é proibido mas pode-se e "toda a gente estaciona por isso eu também vou estacionar" (em portugal isto aplica-se a quase tudo.) a porta do colégio das crianças, a porta da pastelaria, a porta das finanças, a porta do banco, a porta da caixa multibanco (se tiver porta), a porta do prédio da namorada, a porta..., a porta... sim, porque não há sítio melhor para estacionar do que: à portinha! assisto diariamente a este fenómeno e já cheguei ao cúmulo de alterar o meu percurso para não assistir a estas coisas: os paizinhos a deixarem os filhinhos no colegiozinho, estacionam em 2ª filinha (na loucura em 3ª) a políciazinha no localzinho e... nadinha!! nadica de nada! fico azul!! verde, roxa, lilás... you name it! vai daí que, para evitar rugas desnecessárias, prefiro evitar alguns trajectos... damn!

quarta-feira, 14 de março de 2012

se ainda há gente fantástica?

sim, ela existe e é da minha família. porque os amigos são a família que escolhemos!!

numbi strikes again

pois é, há já algum tempo que não relatava por aqui uma aventura à numbi. a de hoje prende-se com questões geográficas.

sempre achei que o mapa mundi (era assim que lhe chamava até ser muito gozada "porque se diz mapa mundial e não mapa mundi, daaaaah....") é uma coisa útil mas não muito confiável. se queremos cultivar-nos em geografia sim, tudo bem, o país fica algures ali, faz fronteira com este e aquele países e tem por capital tal cidade. agora se queremos ser um bocadinho mais específicos a coisa complica-se.
"é aqui, em lisboa" "ah? dizes lisboa e apontas para madrid?" "estou a apontar para lisboa, pá, tenho é um dedo gordito!" "ah, bom..."
"é nos eua, neste estado." "carolina do sul? estás a apontar para a carolina do sul? norte? é que o teu dedo gordito acabou de conquistar 5 estados..."
"a russia é o maior país do mundo, vês?" "ver até vejo, mas no outro dia vi um mapa da minha freguesia e deu-me a sensação de que o lugar numbiplace era ligeiramente maior que a russia... assim a olho nu dá essa sensação, mas também não vou jurar..."


a minha aventura não teve qualquer tipo de relação com a texto acima (pá, lembrei-me daquilo e escrevi...).

a minha aventura relaciona-se com isto: no alentejo - "sabes onde é o posto médico?" "sim, é ali junto à casinha branca."; no algarve - "sabe onde é o posto dos correios?" "sim, é junto à praia."; no porto - "procuro o restaurante 'francesinha invicta'." "é na rua em paralelos."; no meio do mato - "ando atrás de um esquilo que vi passar..." "procure junto ao mato." percebem a ideia? é necessário especificar um nadita mais. nem digo muito, digo um nadita pequenino.
é como dizer "é entre o posto de bombeiros e o posto de correios". não é suficiente, é necessário especificar mais, percebem? eu sei que não haverão muitas freguesias que tenham um posto de correios e um posto de bombeiros assim lado a lado mas, assim como quem não quer a coisa, consigo indicar pelo menos duas: a freguesia onde fui buscar o meu bolo de aniversário e a freguesia onde ele realmente estava!! "sim, estou a ver os bombeiros e os correios, mas não tem aqui nenhuma rua entre os dois..." "é nessa rampa!" "não, não há aqui rampa nenhuma..." "é junto aos bombeiros de numbiland de baixo" "aaaaaah, estou em numbiland de cima..."

segunda-feira, 12 de março de 2012

você na tv

"numbi, põe no primeiro canal!!" mudei de canal e tu estavas lá! (não te preocupes, desta vez ninguém me perguntou se eras aquele com o sotaque parolo, das duas uma: ou não viram ou melhoraste... vamos pensar positivo!)

eles andem aí...

os sinais!
e não é que hoje, enquanto conduzia para casa depois do trabalho, passou a música "i don't wanna lose you" da tinita (p'rós amigos, vocês devem conhecer pelo nome artístico de tina turner...), que reza assim: "women of a certain age..."...?... e eu pensei "será que este gajos da rádio renascença (sim, rádio renascença! (também pensei isto)) me conhecem? ou será que foi dedicatória de alguém para mim? será que sou egocêntrica?" e decidi que não, não sou egocêntrica e de certezinha que eles já ouviram falar de mim, só pode!! 
tive mesmo de me partir a rir, não tive hipótese!! :)

era mesmo só isto que queria escrever... por agora...

obrigada, amigos!!

às vezes ainda me surpreendo...

com a minha inocência e insistência em dar crédito às pessoas. 
sou crente, pronto, acho que é isso. acredito que as pessoas podem mudar para melhor... (e para pior também, mas, como diz a outra, "isso agora não interessa nada.").
há muitos e longos anos fiquei completamente decepcionada com a atitude de uma amiga que, para o bem ou para o mal, ignorou um pedido que lhe fiz e foi fazer exactamente o contrário, da pior forma que poderia ter feito. nunca lhe disse que sabia o que ela tinha feito, mas também não consegui esquecer que o fez. aliás, acredito que nunca esquecerei. (são aquelas pequenas coisas que poderiam não passar disso mas que acabam,  muitas vezes, por definir a nossa personalidade e nos acompanham durante toda a vida.) obviamente que, ao fim de alguns anos e muitas histórias pelo meio, estas pequenas coisas vão ficando cada vez mais pequenas e a sua influência nas nossas atitudes vai desvanecendo, havendo até alturas em que pensamos "ei, que grande filme andaste a fazer estes anos todos... és bem croma!!" (vocês também pensam estas coisas, certo? óptimo, ainda bem!). e julgamos que a velha máxima - o tempo cura tudo - está do nosso lado e agora é que vai for (ser, para quem não conhece a expressão.). voltamos a depositar a nossa confiança nas pessoas e a vida continua. erase and rewind e voltamos a confidenciar-lhes informações privadas. 
e, suddenly, como contado por um passarinho, descobre-se que a pessoa continua a fazer o que bem lhe apetece e interessa, sem ter em atenção os pedidos ou sentimentos alheios. que a amizade e a confiança não valem nada, se não forem de encontro ao seus interesses. voltamos a sentir a indiferença da nossa existência. voltamos a sentir-nos pequeninos e descartáveis. descobrimos que o passar do tempo apenas mudou o aspecto físico das pessoas, que por dentro continuam iguais. (não falo só dos outros, não! por esta altura eu já deveria saber mais sobre a vida!)

será que nunca vou aprender? sou facilmente enganável... (criei esta palavra especialmente p'ra mim...)
se sinto que perdi uma amiga? não se pode perder o que nunca se teve...

quinta-feira, 8 de março de 2012

wish me luck!

i'm gonna need it!!

tudo bem?

mentir é uma cena que não me assiste mas, como já escrevi num post anterior, não considero que responder "tá tudo." à pergunta "tá tudo?" seja mentir, mesmo quando não está tudo. isto porque, na grande maioria das vezes, a pessoa que te está a fazer a pergunta não está minimamente interessada em ouvir a resposta.
no entanto, ultimamente sinto mesmo que estou a mentir quando respondo "está tudo bem." porque não "está tudo bem."... agora é mais do tipo: "olá, tudo bem?" 1. "eh... mais ou menos..." 2. "nunca pior." 3. "nem por isso, mas olha é a vida..." 4. "vai-se andando." 5. "nunca o diabo leve mais, que é para não ir mais carregado." (esta é da autoria de um amigo.)
passo a traduzir: "f***, no! obrigada na mesma, mas não quero falar disso, ok?"

this is a woman's world

this is my world.
www.google.pt (08.03.2012)

terça-feira, 6 de março de 2012

finalmente, tudo faz sentido

depois de o meu chefe me ter dito que sou um 27%, não porque sou um esteio mas porque tenho imenso potencial, eis que surge, txaraaaaam, a "avaliação do potencial e gestão do talento". 
claro!! afinal o homem não é um energúmeno (sempre quis escrever isto!) com tendência para o narcisismo, como eu juraria a pés juntos, meus caros, estou perante um visionário!! sabendo que iam fazer este estudo de potencial resolveu dizer que eu, sim eu, sou a pessoa com mais potencial da empresa. já estou a imaginar o diálogo: "querem avaliar potencial? aqui está a pessoa indicada para avaliarem!! esta miúda é um diamante em bruto!! quem é o maior? quem é o maior? sou eu! eu sei, eu sei... de nada!!" "mas ela teve uma avaliação de 27%, não deve ser muito inteligente, a pobrezita!!" "não, meus caros, esta avaliação significa que ela está a usar apenas 27% das suas capacidades para fazer o fantástico trabalho que faz, imaginem do que esta miúda é capaz!" ":o :o uau!!" "de nada!"

segunda-feira, 5 de março de 2012

a minha tv tá estagada!

o volume não tem modo "barulhinho de fundo que a menina vai nanar."

o 0 não se ouve e o 1 incomoda... 

domingo, 4 de março de 2012

and now, if you'll excuse me

vou arrumar mais um bocadinho da outra casa nesta casa...

comprei nos marroquinos

a aventura começou à chegada ao aeroporto de marraquexe, quando tentaram cegar-nos com lixívia! calma, claro que não nos atiraram lixívia para os olhos, mas a casa de banho tinha um cheiro tão forte, tão forte que pensei que não sobreviveria! em 3 minutos de casa de banho fiquei com dores nos olhos e na garganta, damn! (mas pelo menos estava limpa, ieeey!) ainda no aeroporto tentaram obrigar-nos a ir de taxi para a riad "big taxi? for 6 people. good price!" "não queremos, obrigada, vamos de autocarro!" "o autocarro demora meia hora a chegar lá, e eu faço o mesmo preço. big taxi? good price!" "não obrigada!" a oferta até poderia parecer atractiva, não fossem todos os taxis carros de 5 lugares. (mais tarde percebemos que em marrocos os carros não são de 5 lugares, são dos lugares que forem necessários. também percebemos que é obrigatório usar capacete mas... eu não vi nenhum... mas é obrigatório, mas... e também que os peões têm prioridade: sempre!! só que há condutores que não sabem disso e por isso é preciso ter muito cuidado ao atravessar a rua, principalmente as que têm mais de 3 faixas de rodagem para cada lado... o manual dizia qualquer coisa como: cuidado, olhar para a direita, cuidado, cuidado, olhar para a esquerda, cuidado, cuidado, cuidado, voltar a olhar para a direita, cuidado, etc...) 
não vou comentar o cheiro da cidade, porque quando o pânico se instala uma pessoa deixa de se preocupar com isso. "em busca da riad perdida" - à tugas, com muita confiança e um nadita de insensatez à mistura, tentamos descobrir a riad sozinhos. (eu devia ter desconfiado que não seria fácil de encontrar quando pus a morada no google maps e ele me informou "morada aproximada", na altura pensei que o google estava só a brincar... não se confirmou, o google estava a falar muito a sério!!) nós estávamos mesmo a pedi-las - bagagens às costas, mapa nas mãos e ar de burros (a olhar para o palácio) = carne fresca. lá fomos seguindo o mapa e sendo seguidos por fantásticos marroquinos ansiosos por poderem dar-nos uma dica. por entre barracas, barraquinhas e barracões, marroquinos e turistas, bicicletas, motorizadas, carros e burros, por entre aquela organização caótica, dizendo "não, obrigada." até chegarmos à "morada aproximada": "e agora? esta rua não está aqui no mapa..." e lá veio um deles "para onde?" "dar malak" "é por aqui..." (é aqui que começa o pânico, não está esquecido!) o nosso simpático guia levou-nos por um beco onde não se via vivalma. "é por aqui, não há problema, é por aqui..." e chegados ao fim do beco ele anuncia "é aqui!" uma porta igual a todas as outras portas, sem qualquer tipo de anúncio ou distinção. "esperem só um minuto, não há problema, só um minuto!" deu meia volta e desapareceu. (é agora.) "ele foi buscar os amigos!!" "vamos ser assaltados!!" "não podemos ficar aqui, vamos segui-lo!" e lá fomos atrás do homem. não precisamos de andar muito para voltarmos a encontrar o senhor, que vinha com um sorriso a dizer "ah, afinal é por aqui, enganei-me, é por aqui!" tive medo, tive muito, muito medo! acabou por nos indicar outro beco (damn) que levava directamente à porta da nossa riad. "obrigada, aqui tem." estendemos-lhe uma nota de 20 dirhams (cerca de 2€). "são 50." "só temos 20..." "são 40..." "só temos mesmo 20." "obrigado. boa estadia." "obrigada."
e como depois da tempestade vem a bonança, o resto da viagem foi pacífica porque "afinal estes gajos não são violentos, apenas querem ganhar uns trocos à custa dos turistas."
à parte de toda a gente pensar que somos espanhóis, de dizerem sempre "portuguêsh, obrigado, batata frita." quando descobriam que (afinal) existe um país chamado portugal, de eu ter comprado uma pulseira que cheira a bicho morto e de terem tentado esfolar-me num hammam, correu tudo muito bem!

ps: alergia e olhos inchados podem acontecer em qualquer país, não é?

quinta-feira, 1 de março de 2012

acabamos de entregar a chave do nosso palácio. não podemos beber álcool nas nossas saídas à noite pelo porto, é oficial!

encontrei no facebook

e veio mesmo a calhar!

não é nada pessoal...

diz o meu chefe, "em consciência", que o meu desempenho é de 27 em 100. não, não é do tipo "ah, estive a pensar no seu desempenho e acho que é de 27%" é mais do tipo "é uma série de factores que avaliei e resultaram em 27%" = "não sou eu, é o sistema." "ó chefe, mas deu respostas que não correspondem à realidade." "blá blá blá whiskas saquetas, ah, e tal, correspondem à minha realidade..." "ah, não tenho argumentos contra isso..." "então, ganhei?" "sim, claro!" "era só isso?" "sim, era..." (resumindo, e por outras palavras, foi esta a conversa que tive com o meu chefe...)
se estão a pensar: você é o elo mais fraco, adeus! desenganem-se! é que, embora o meu chefe ache que eu não faço nadinha de jeito, ele também acha que eu sou uma miúda cheeeeia de potencial! (desconfio que ele acha que tenho 73% de potencial. desconfio. (se é que o meu 27% não interferiu com o meu raciocínio)).  (contra mim falo) se eu tivesse um funcionário a trabalhar a 27% despedia-o! mesmo! mas o meu chefe não quer despedir-me, ele quer que eu seja mais "agressiva" (palavra dele) a desempenhar as minhas funções. mais "agressiva"... ora bem, agressividade não é o meu forte. sei que tenho potencial nisto da agressividade, mas será que quero "deitar cá p'ra fora" a minha agressividade? tenho de admitir que me apeteceu ser mais agressiva, quando recebi a minha avaliação, mas mais "agressiva" não, não quero! não posso fazer nada que me coloque em risco de ficar como ele, e como outros, como ele, que andam por aqui.
"mas se acha que eu sou um 27% porque não mo disse mais cedo? porque esperou até agora para mo transmitir através de uma avaliação oficial?" "menina, não ponha as culpas nos outros, a resposta está dentro de si!" e antes que ele sacasse da factura de psicólogo barato (barato apenas no sentido de "li isto num livro") eu desisti. não gosto de conversar com livros nem com paredes de betão armado, acho-os muito inflexíveis, é um defeito que eu tenho, pronto, não gosto!
não, não é nada pessoal, ele fez questão de mo dizer sem eu lhe perguntar nada, não se preocupem.

como nunca me aconteceu nada do género, não sei muito bem como reagir a isto. o que mais me apetece fazer é mostrar-lhe o que é, realmente, um 27%! mas realmente, realmente: "ah? o quê? não percebi a pergunta..." "baaaaaah... baaaaaah...." "no comprendo, no hablo português." "gloc, gloc, gloc..." "trab... quê? não reconheci a palavra..." "pode repetir a pergunta, mas em francês? eu gosto mais do sotaque!" "atirei o pau ao ga-to-to, mas o ga-to-to não morreu-eu-eu..." "não gosta desta? posso cantar outra..." "ir onde? não posso, tenho de fazer tricô..." "quando? nessa dia não posso..". isto não vai, com certeza, acontecer, mas que era giro, era!

em alternativa, e já de acordo com a realidade, estou a pensar em mudar de emprego. vidas...