quarta-feira, 26 de novembro de 2014

terça-feira, 25 de novembro de 2014

não sabemos comportar-nos de outra forma

a lei da vida é uma merda. todos sabemos isso e não há nada que possamos fazer para o contrariar. nada. carpe diem.

"isto é uma roda que não pára. não fica cá ninguém. ninguém!", dizia-me o meu pai no trágico dia em que o seu pai faleceu. na verdade não foi um dia assim tão trágico. não foi um dia mais trágico do que o dia em que o meu avô caiu e ficou agarrado a uma cama para o resto da sua vida. 

por vezes, a fatalidade da morte não é mais trágica do que a decadência da vida.

o ar de consternação da minha tia quando passou por mim na tarde de domingo foi mais do que suficiente para eu perceber a gravidade da situação. estava a acontecer, era o fim. passaram uns minutos e voltou a passar por mim, desta vez acompanhada da minha prima. 

- vais ver o avô?
- vou.
- eu não consigo ir lá.
- eu sei, mas ele pode precisar de mim. - é este o tamanho do coração da nossa grande pequena. 

poucos minutos passaram até que regressasse a chorar. foram os últimos minutos de vida do meu avô, aqueles de aflição.

seguiram-se as cerimónias fúnebres e todo o sofrimento que elas implicam. o rodopio de pessoas que querem deixar condolências, que tinham no meu avô um amigo, que querem mostrar que se importam e se preocupam. e, por muito que isso nos toque a alma, é violento. até os ramos de flores com os respectivos cartões de condolências são violentos. e eram tantos!

"os próximos somos nós." disse o meu tio num desabafo. e os próximos somos nós. as lágrimas nos olhos dos homens que sempre conhecemos com uma força quase invencível atiram-nos por terra. quebram-nos o coração.

e felizes os que têm a sorte de manter a ordem natural das coisas, porque se é difícil perder um pai ou um avô não imagino o desespero de se perder um filho ou um neto.

"mantenham-se sempre assim unidos!" disse alguém no meio da multidão, a roda viva de emoções não me permitiu assimilar a origem da frase mas deixo aqui a minha resposta sincera "assim faremos, como sempre fizemos!! não sabemos comportar-nos de outra forma.". 

e quanto é que eu gosto desta minha família? quão abençoada me sinto sempre que penso nela? é um muito enorme!! espero que o meu avô tenha partido com este conforto no coração: criei uma família maravilhosa e tive a oportunidade de a acompanhar até ao fim dos meus dias.

descanse em paz.

Olá, eu tenho problemas e... #9

não tenho noção da realidade. tenho um mundo só p'ra mim.

sábado, 22 de novembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

o pacto.

ontem perguntavam-me de que é que sinto mais falta numa relação. não sabia ao certo. hoje sei.

segurança. 

o pacto de segurança do abraço e dos dedos entrelaçados. encaixar. pertencer. o nada que significa tudo! estou aqui. vai correr tudo bem. nós contra o mundo.

é disto que sinto mais falta.

jumpsuit

essa maravilhosa peça de vestuário.

é tudo muito bonito, "ah, estás tão gira.", "fica-te tão bem!", "a vida é maravilhosa!", "god save the queen.", mas depois vai-se a ver e nunca ninguém escreveu um texto sobre o tema: "as incompatibilidades entre usar um jumpsuit e ir à casa-de-banho" ou "como é que me livro desta porcaria deste fato macaco para poder fazer xixi em paz?!?", porque quando a vontade aperta aquilo não passa de um fato macaco. feio.

é que quando uma pessoa compra aquelas coisas nunca pensa que, eventualmente, terá de ir à casinha. não, quando compramos parece-nos tudo lindo e fantástico.

"é só uma peça, nem vai ser preciso conjugar com mais nada! quero!"
em vez de:
"é só uma peça, e se tiver de ir fazer xixi tenho de tirar tudo?"

sim, tudo!! e se for inverno e houver casacos? tudo! se estiver fresco? tudo! mas "estás tão gira!".

ser mulher é duro, muito duro!

coisas que me fazem rir #98

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

morri.


não consigo comentar este vídeo. 

deus quer, o jovem sonha, a obra nasce! jovem, sonha!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

all i want for christmas é a música all i want for christmas

comprei a única compilação de músicas de natal que não tem a "all i want for christmas" alguma vez feita. ainda não estou em mim de tamanho espanto. 
a minha confiança era tanta que nem verifiquei antes de comprar...

esta é a voz: quem foi gandhi?

- gandhi? nem é grande nem é pequeno, é gandhi. - diz uma das próximas heroínas nacionais.

estamos entregues aos bichos, é o salve-se quem puder!

domingo, 16 de novembro de 2014

falo-vos de fenómenos #24

41. as argolas da ana malhoa... ela usa arcos de hula hoop nas orelhas!! :o

não, vou reformular: a ana malhoa. toda ela.

back to school - all for one and... everyone late!

afinal sou normal, praise the lord!

não que estejamos todos certos, provavelmente estamos todos errados, mas a normalidade define-se pelas acções da maioria, certo?

a turma uniu-se agora no facebook a trocar ideias sobre o exame que é para entregar amanhã e já poderia estar feito há 15 dias. e eu a pensar que era a única pessoa preguiçosa e com uma péssima gestão de tempo no mundo...

i'm not alone in this quest for knowledge, praise the lord!

sábado, 15 de novembro de 2014

back to school - it's not what you say, it's how you say it

e quando estamos todos a desesperar e a precisar de uma pausa para repor energias, há um tipo da turma que se insurge e diz:

- professor, há malta a ter ataques de hipoglicemia aqui atrás.

eu bem disse que os coleguinhas são fixes.

back to school - "my eyes hurt!"

as duas primeiras disciplinas da pós-graduação tiveram direito a apresentação de trabalhos, com apresentação digital, como avaliação. os docentes deixaram-nos algumas dicas:

"os slides não devem conter demasiada informação, ficam demasiado pesados e as pessoas dispensam."
"há pessoas que dão mais importância ao texto e outras que são mais visuais, por isso os slides devem ter texto e imagens."
"os slides devem ter um layout constante para que as pessoas se foquem no conteúdo e não dispersem com impulsos visuais."
"considerar, para uma apresentação, que cada slide demora um minuto a ser descrito e comentado."

entre outras.

(escrevo o resto do post sob fortes suspeitas de que os meus professores não trocam informações entre si.)

hoje tive uma aula e deparei-me com sérias dificuldade em interpretar e manter o foco na informação contida nos slides. ou tinham demasiada informação, ou tinham demasiada cor, ou tinham setas estranhas, imagens nem vê-las, tabelas ggantes e esquemas manhosos. o filtro da informação era quase impossível de ser feito.

aqui estão dois exemplos do que poderiam ser os slides da aula.



se o professor não fosse um espectáculo, com experiência para dar e vender, sempre com uma história nova para nos contar e com uma vontade imensa de nos ensinar, ia ver-me obrigada a abandonar e ir à consulta das 5.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

quem tem amigos tem tudo!

"não me apetecia nada dar-te duas lambadas nessa cara..."

parece agressivo (e é) mas a intenção é tão nobre que nem questiono o método. 

informação gratuita: funciono melhor à base de miminhos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

afinal é científico!!

as pessoas introvertidas não suportam, fisicamente, falar ao telefone.

"Most introverts screen their phone calls — even from their friends — for several reasons. The intrusive ringing forces them to abandon focus on a current project or thought and reassign it to something unexpected. Plus, most phone conversations require a certain level of small talk that introverts avoid. Instead, introverts may let calls go to voicemail so they can return them when they have the proper energy and attention to dedicate to the conversation."

percebem? the proper energy and attention?

isto é tão verdade que me apetece dizê-lo a toda a gente para que saibam que não é nada pessoal. para que não fiquem tristes ou chateados comigo e para que não me insultem quando não atendo ou quando atendo e não sou simpática. não é controlável, detesto. chego a ficar chateada quando o telefone toca.

sinto-me desconfortável quando falo ao telefone, e tendo a responder em monossílabos para despachar a conversa. 

já melhorei bastante, confirmo, mas continuo a não gostar e a não ter jeitinho nenhum.

o meu pedido de desculpas a todos aqueles que tentaram, sem sucesso, ter uma conversa decente comigo ao telefone, mas isso está mesmo além das minhas capacidades.

não tenho culpa, percebem? sou só introvertida.

"smart phones? when they invent a phone smart enough to talk for me, let me know." by: sophia dembling.

back to school - as good as it gets

eu sempre soube que isto havia de meter fórmulas, pá! às vezes pareço vidente, de tão boa que sou nestas coisas de adivinhar o óbvio e generalizável.

[vp] - [c], que resultou de um sistema complicadíssimo com duas equações e a necessidade de eliminar uma variável. ainda pensei em fazer a derivada, quiçá o integral, da coisa, mas a verdade é que nunca soube muito bem para que é que essas coisas serviam (para além de dificultarem a vida a milhões de desgraçados, em luta diária pela sobrevivência académica, e alegrarem os dias às três pessoas que realmente sabem como é que aquilo se faz. "um integral é um número." (chimpas, esta é para ti. cumprimentos, sim?)). à fórmula resolvente consigo dar algum crédito, mas gosto mesmo é do teorema de pitágoras, esse sim, é cool e percebe-se!

antes de vos contar o que estou a achar da pós-graduação, permitam-me que rectifique alguns pontos ali na listagem dos coleguinhas da escolinha:

- uma encontra-se na idade dos porquês; not check. afinal a miúda é mesmo só expansiva. bastante expansiva. muito expansiva, até. (let's leave it there.) por outro lado é uma miúda inteligente e cheia de garra. gosto dela.
- um acha que é super chique, fashion e hipster; check. revelou, no entanto, uma certa abertura para conviver connosco, meros mortais.
- uma explica os seus raciocínios como se estivesse a falar para meninos da primária; check. e a velocidade a que o faz é de tal forma lenta que quando acaba de explicar as coisas nós já não conseguimos lembrar-nos do inicio do raciocínio. 
- um sabe tantas coisas que nem sabe por onde começar; not check. na realidade ele sabe sempre por onde começar. sabem aquelas pessoas que são mega inteligentes mesmo quando têm dúvidas? ele tem dúvidas e as respostas dos professores começam sempre por uma das seguintes expressões "essa dúvida é muito pertinente." ou "ainda bem que colocou essa questão.". quando for grande quero ter dúvidas inteligentes.
- uma quer muito ser chique, fashion e hipster; not check. vai-se a ver e a miúda é bastante simples e acessível.
- outra está grávida de 5 meses e há-de dar à luz bem a meio do curso(?!?); check. tudo a correr conforme planeado - há-de dar à luz bem a meio do curso.
- uma outra veste-se de uma forma... diferente; check. diferente.
- ainda há a que veio dos estados unidos; check. veio mesmo dos estados unidos.
- e a que foi importada do brasil; check. brasil.


agora sim, sinto-me em condições de vos falar sobre a pós-graduação.

a inscrição na pós-graduação foi uma tentativa desesperada de mudar alguma coisa na minha vida, que tende a tornar-se tão monótona que até dói. sim à rotina, não à monotonia! 
podia ter-me dedicado ao surf (certo, amigo do blog inexistente?), mas não o fiz. porquê? porque é muito fácil desistir do surf, como foi muito fácil desistir do ginásio e das aulas de canto. precisava de me comprometer a sério com um novo desafio. bem ao estilo materialista, nada melhor do que pagar 5000€ por um compromisso para interiorizar que se trata de um compromisso para ser levado mesmo sério. 

tive muito medo de não ter capacidade de o fazer - de levar o compromisso mesmo a sério. tive medo de não ter capacidade de o fazer ou, simplesmente, de não ter interesse em fazê-lo. nenhuma das duas hipóteses se confirmou. contra todos os meus receios, não só tenho capacidade como tenho muito interesse em comprometer-me. a minha escolha foi perfeita. (dá um rácio de, aproximadamente, 1 escolha perfeita a cada 32 anos... sim, é isso.).

continuo sem saber se esta formação me trará frutos, mas fazê-la já está a compensar.

a matéria é tão interessante e intuitiva que nem parece matéria e os professores são tão bons oradores que nem parecem professores. os coleguinhas, bem, os coleguinhas estão a revelar-se extraordinários. é um grupo tão dinâmico e divertido que poderá muito bem transformar-se num verdadeiro grupo de amigos. 

para terem uma pequena ideia deixo-vos algumas notas sobre o que já aconteceu em apresentações de trabalhos (como se algum dia tivesse desconfiado, sequer, que seria possível isto acontecer em formação superior, com adultos à mistura.) (haja alegria!):
  1. fabrico e distribuição de granizado de espumante;
  2. distribuição de ferrero rochers;
  3. distribuição de rosas vermelhas;
  4. distribuição de chupa-chupas;
  5. teatro sobre uma agência funerária, sobre uma agência de transportes aéreos e sobre um anúncio publicitário;
  6. karaoke;
ps: isto está só a começar. 

posts desnecessários #47

o meu creme de rosto anda um bocadinho confuso porque não sabe muito bem se há-de dar prioridade às rugas ou ao acne.

raio de fase chata, esta da puberdade tardia.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

pois, está certo, só faltava mesmo esta.

cientistas descobrem vírus que causa estupidez humana.

caros cientistas,

por favor trabalhem no antivírus.

cumprimentos,

mundo.

posts desnecessários #46

e se a bateria de um carro eléctrico ficar viciada?! 

falo-vos de fenómenos #23

lembram-se do fenómeno 16? mas será que esta gente não lê este blog? o que se passa com o universo?!? parem com isso! já vos disse que a mulher é só linda e esplendorosa mas não tem jeitinho nenhum para apresentar programas, não disse? que parte é que não perceberam? que chatice, pá.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Olá, eu tenho problemas e... #8

fico completamente fora de mim quando os fellow drivers não compreendem que estou com pressa.

(continuação) como dizer a um gajo: 1. que anda enganadinho 2. que anda todo comidinho da cabeça 3. que é míope e amplia as coisas

não é deste tipo de gajos que quero falar-vos, é de outro tipo de gajos. que tipo de gajos? os interessantes. os interessantes em oposição aos que não interessam nem ao menino jesus. em oposição aos "não és tu, sou eu.".

quando precisamos de dar este tipo de informação a um gajo que não pretendemos manter à distância para todo o sempre temos de ter muito cuidado na forma como passamos a informação.

"gajo, andas mesmo enganadinho." não é sensato, ele pode ficar a pensar, com alguma razão, que estamos a gozar com ele. então optemos por qualquer coisa mais ao estilo "tenho um ponto de vista diferente do teu em relação a esse assunto, queres ouvi-lo?". se ele não estiver interessado em ouvir  devemos repensar o "não és tu, sou eu." e agir em conformidade. se sim, expliquem com cuidado e sensibilidade - no interior do armário está a mais fina das loiças.

"gajo, andas todo comidinho da cabeça." é saloio e, sem o sorriso certo a acompanhar, pode ser mal interpretado. talvez "isso que dizes não faz muito sentido.". se ele insistir em dizer barbaridades então estamos perfeitamente à vontade para passar ao modo "deixa-te de merdas, rapaz, andas todo comidinho da cabeça.", sem sorriso, ele tem de perceber que o caso é sério.

"gajo, tens algum problema de visão? é que andas a ver coisas onde elas não existem." pode-se, é permitido.

the thing is: os gajos não são bons nisto dos sentimentos e nós temos sabedoria para dar e vender. não existe uma miúda neste mundo que não seja perita em sentimentos. vamos, por isso, ser generosas e partilhar essa sabedoria com eles, sim? poxê?

instruções de uso:

carregar ligeiramente contra o chão, puxar para trás e largar. (super sustentável!!)

porque é que as actrizes são, na generalidade, bonitas?

porque quando querem uma personagem feia fabricam-na!

charlize theron
cameron diaz

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

falo-vos de fenómenos #18 parte II

já aqui falei do fenómeno nº 36 "o meu decote é maior do que o teu", mas pelos vistos há todo um novo fenómeno a que vou chamar "mas afinal quem é que precisa de um decote?":



estou quase a desistir da raça humana. mesmo, mesmo quase.

domingo, 9 de novembro de 2014

escrevo sobre publicidade #33


homens: não usem o champô das vossas mulheres. usa-los pode causar efeitos secundários espectaculares e em câmara lenta. (além do mais elas tendem a comprar champôs caros e não convém que os gastem nos vossos cabelos másculos.)

note to self: começar a usar aquele champô que o senhor usou inicialmente.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

duuuh!! que pergunta básica, pá!


"esta foi a pergunta mais difícil de que se lembraram?? meninos! tinham feito a mesma pergunta com a palavra agosto e eu teria ficado com dúvidas."

terça-feira, 4 de novembro de 2014

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

como dizer a um gajo: 1. que anda enganadinho 2. que anda todo comidinho da cabeça 3. que é míope e amplia as coisas (continua)

leiam o que vos escrevo: gajos - can't live with them can't live without them.

serviço útil à população:

como é que se diz isto tudo a um gajo, sem ter de lhe chapar a informação na cara, como se de um par de estalos se tratasse?

pois bem, é mais ou menos assim: "não és tu, sou eu." prontinho, assunto arrumado.

de nada.

fim de post.

cenas do próximo post: não é deste tipo de gajo que quero falar-vos, é de outro tipo de gajos. que tipo de gajos?

não percam o próximo post.

i've become so numb

domingo, 2 de novembro de 2014