domingo, 26 de outubro de 2008

tiveres de escolher?...

por vezes não conseguimos ver caminho nenhum à nossa frente.... sentimos que a estrada acaba ali: "rua sem saída, por favor inverta a marcha e volte para trás..."

outras vezes o problema é escolher um dos muitos caminhos que se apresentam à nossa frente.

mas neste momento o que sinto nem é uma nem a outra... tentando explicar seria... sim, há caminhos... sim, existe a possibilidade de inverter a marcha... sim a tudo!! ou quase...

o que fazer quando nenhum dos caminhos apresentados nos leva onde queremos chegar?? anyone?? please!!

será melhor, como já ouvi dizer, inverter a marcha e começar de novo?? ou escolher um caminho, correndo todos os riscos que ele acarreta, e descobrir onde ele nos vai levar?? ou então, se calhar, o melhor seria... ficar no cruzamento à espera que o muro seja construido ou que um dos caminhos seja iluminado ou, melhor ainda, esperar que outro caminho se abra!!!

sim, é isso, sinto que estou numa encruzilhada e que não há luz nenhuma a guiar o meu caminho...

será que ao longo do caminho passei o cruzamento que me levava a bom porto??? será que ainda posso lá voltar?? ou será que o caminho só tem sentido de ida???

pior, acho que o meu problema é ainda mais grave que isso!!! bem no fundo, sei que o que realmente quero é um empurrão... assim o quer que encontre não é da minha responsabilidade...
triste, não é?

fosses meu?!!

um dia foste!! sim, tens razão, não foi um dia inteiro, nem mesmo meio dia... foi apenas um instante... mas nesse instante foste meu!
sei que foste meu não porque o tenhas dito... não... sei que foste meu porque nesse instante também fui tua...
foi complicada para mim essa noite... como o são todas aqueles em que estás presente. não sei porquê fazes-me ficar assim. fica tudo tão confuso na minha cabeça que fico sem reacção.
mas essa noite foi diferente... consegui perceber que tu também estavas confuso e que a minha confusão não estava na minha cabeça...
já tinha ouvido falar no lusco-fusco mas... acho que só nessa noite percebi a definição que lhe dão na gíria: um momento curto e intenso!!! MUITO intenso... sim, para mim foi assim...
se fiquei feliz?? como não imaginas!! sim, fiquei a flutuar nas nuvens!! mas durou apenas um instante... depois tu disseste "não me posso apaixonar por ti..." eu vesti novamente a máscara e respondi-te como manda o meu orgulho "não te preocupes, não vai acontecer!"
ponto final

sábado, 18 de outubro de 2008

acordasses e estivesses sozinho?...

sim... sozinho!
agora já não me acontece tantas vezes...
agora até já consigo ficar na cama uns minutinhos (muitos!!) depois de acordar...
agora até anseio por esses momentos de silêncio e calma que se dão quando acordo...
mas nem sempre foi assim...
há muito, muito tempo, ainda me lembro, quando acordava e, por momentos, suplicava baixinho por uma voz... especial?... não... uma voz qualquer!!
não mexia um músculo, não fazia um som... só queria uma voz!! e quando ela soava a minha vida simplesmente continuava! como se por momentos fizesse uma pausa no tempo e a voz quebrasse o feitiço!
era o maior dos meus medos!! acordar e deparar-me com... ninguém... nada... vazio... (sim, estilo "I am legend", com a agravante de eu ter medo de cães...)
demorei uns anos, mas percebi... haveria sempre alguém!! boa!! problema resolvido!!
mas... porque não me senti livre?? porque continuo a sentir medo?
bem... o meu grito de vitória emudeceu quando percebi que com o passar do tempo os meus medos não morriam...
já dizia o outro(LAVOISIER): "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
o medo do silêncio transformou-se em:
medo de nunca vir a acordar ao som de um voz especial...
medo de não ouvir as vozes certas...
medo de acordar ao som da erradas...
medo de que seja a minha própria voz a acordar-me...
medo de não adormecer devido à voz da minha consciência...
medo de acordar sem voz...
medo de... "ouvir vozes"...
...
bem... não tenho um final feliz pra esta mensagem...
provavelmente estou, neste preciso momento, a passar pelo lento processo de transformação de medos, mas por agora...

estou aqui...