terça-feira, 31 de dezembro de 2013

to be or not to be, that is the question.

tornou-se tão normal este estado de espírito que agora já não choro (tanto). já não me preocupo (tanto): provavelmente deixei apenas de existir por algumas horas, nada grave. grave seria apanhar uma doença, ter um acidente ou ser assaltado, certo? certo!

deixar de existir é complicado. deixar de existir chega a doer. por muito que gritemos "eu existo, estou aqui!!" "eeeeiiiii, olha p'ra mim aqui!!" "consegues ver-me??" o resultado é sempre o mesmo: nada! porque quem não existe não tem voz, quem não existe não grita.

"ei, está tudo bem? posso ajudar? é para isso que eu cá estou!" é o cúmulo da não percepção da não existência. as pessoas que não existem têm de perceber, de uma vez por todas, que não estão lá e que não há nada que possam fazer! nada!!

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