quarta-feira, 23 de outubro de 2013

porque gosto de mim...

concluo que o mais cego não é o que não quer ver, afinal o mais cego sou eu!

não querer ver é uma opção. não querer ver é preferir viver na ilusão de que tudo corre conforme queremos que corra.

mas eu faço mais. eu estou um passo à frente dos que não querem ver, que é como quem diz: dois passos atrás dos que vêem. eu, além de não ver a realidade, possuo a rara qualidade de ver coisas que não existem, que é como quem diz: estou a ficar doidinha de todo. por razões inexplicáveis (cenas do oculto e ligadas a ciências cujo nome soa a... como se diz?... aaaahmmmm... bullshit!) acho que as pessoas esperam que aja de determinada forma e faça determinadas coisas que, afinal, não querem. nunca quiseram! mas... quem, eu?!? tenho a certeza de que esperam de mim o que eu não espero delas e sei perfeitamente que vão ficar desiludidas comigo se eu tentar obter delas o que elas querem obter de mim. na minha sincera opinião, a minha opinião conta mesmo muito pouco.quando tenho uma, claro...

hoje fui informada de que sou fraca. "és fraca!!!" seria demasiado óbvio, por isso disseram-mo de uma forma mais subtil. de uma forma tão subtil que só dei por ela mais tarde, ao pensar no assunto. hoje descobri que sou tão fraca que quase não existo. vou existindo... vou existindo no reflexo de outras existências...

li, no outro dia, que a desilusão dói muito porque vem sempre de pessoas de quem gostamos. as outras pessoas não nos desiludem, apenas nos dão razões para continuarmos a não gostar delas.

estou desiludida e está a doer-me!! eu, que achava que tinha tudo controlado, que julgava que estava a fazer tudo de acordo com as regras do bom senso, que me debatia internamente para garantir que não desiludia ninguém, que tinha a certeza de que era assim que a vida funcionava... estava enganada!! 

está a doer-me porque gosto de mim...

1 comentário:

Jolie disse...

As outras pessoas não nos desiludem, são apenas pessoas e podemos ou não passar a gostar menos delas.
E quando são as pessoas de quem gostamos que nos desiludem? Que fazemos? Ignoramos? Perdoamos?
Concordo contigo quando dizes que não existimos. A meu ver, vamos existindo no reflexo de outras existências...