sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Flores cor de rosa

Ontem fomos marcar o restaurante para o baptizado do F.. Correu tudo muito bem e a conversa estava a ser bastante produtiva, até chegarmos aqui:

- É menino ou menina?
- É um menino.
- Eu não gosto nada de flores pintadas e não há muitas flores azuis...
- Para os arranjos nas mesas? Pode por flores cor de rosa à vontade, por mim não há problema nenhum!!

Nenhum! Zero! Mas tanto a senhora do restaurante como o meu marido acharam má ideia. Se podem não ser cor de rosa porque hão-de ser cor de rosa? dizia-me ele, depois.

Se as flores nascem cor de rosa vamos deixar que se mantenham cor de rosa. Os meninos não nascem azuis. E, assim como assim, por esta ordem de ideias, mais valia arranjar as mesas com bolas de futebol ou carros (ainda é cedo para falar em gajas). Flores são flores. Não há flores de menina e flores de menino, há flores. E, pensemos friamente, as flores não são para vestir o bebé, são para enfeitar uma mesa. Uma mesa. Feminino. (Pronto, estou a divagar, peço desculpa).

Não é consensual mas eu mantenho-me firme na minha convicção de que meninos são meninos, meninas são meninas e flores são flores. 

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