quarta-feira, 11 de abril de 2012

"de repente... já nos 30!"

é um filme fofinho sobre uma miúda que no dia do seu 13º aniversário comete a loucura de desejar ter 30 anos. obviamente, e porque se assim não fosse não haveria história para contar, o seu desejo é concedido. temos então uma miúda de 13 anos no corpo de uma “babe” de 30 que descobre que os anos passados entre os 13 e os 30 não lhe trouxeram nada de bom. descobre que não é uma pessoa boa, que se afastou da família e dos amigos e que ninguém lhe deseja nada de bom. blá blá blá pardais ao ninho, e é-lhe oferecida a oportunidade de voltar aos 13 para refazer tudo, mas desta vez de modo a ser muito muito feliz…
eu, na qualidade de… como é que hei-de escrever isto… na qualidade de… mulher de 30… (ora bem, se calhar não se trata de uma qualidade, mas acho que é assim que se diz) (daaamn!!!) bem, tendo esta característica etária acho que posso pronunciar-me sobre este filme. então é assim: porque é que eu não tenho o direito de voltar aos 13 anos para mudar as minhas opções, ah?? porquê? não posso garantir que desta vez acertava na fórmula mágica da felicidade, mas não falharia tão redondamente!!
é que, quando somos jovens e inconscientes, não escolhemos as nossas amizades e os nossos amores pelas razões certas. (eu sei que não escolhemos os nossos amores, é apenas uma forma de pôr a questão…) “ausência de borbulhas” não é uma razão válida!! é que, com a idade, isso passa e a estupidez não!! calças levi’s definitivamente também não são uma boa razão. quando algum adolescente conseguir convencer-me de que trabalhou arduamente para poder comprar umas calças de 100€, aí dou-lhe valor. ah, fazer os trabalhos de casa todos os dias e passar de ano não são considerados “trabalho árduo”, ok? e qual é a influência de ter pais ricos (ou de ter ido ao BES… (piada estúpida.)) na personalidade da personagem? (“tem pais ricos, só pode ser uma pessoa espectacular!” só começa a fazer sentido a partir aí dos… 30… por volta disso! (quantos anos é que eu disse que tinha?? ah, isso agora não interessa nada…)) mas a pior das razões para se achar alguém “demais” “bué da fixe” “upa upa puxadote” quando se é adolescente é a rebeldia! principalmente nós, miúdas, não resistimos a um  belo de um“cafajeste”. (alerta: quero prevenir-vos de que este problema não passa com a idade!!!) “não faz nada do que os stores mandam!” (no meu tempo era assim que se dizia: stores) “falta às aulas p’ra jogar futebol!” “é tão giro a fumar!” “ouvi dizer que já andou com 3 miúdas ao mesmo tempo!” e pronto, tem fãs. não faz sentido nenhum e sabemos perfeitamente que estamos a apanhar lenha p’ra nos queimarmos, mas isso não nos impede de termos paixonetas. porquê? porque temos a certeza absoluta de que seremos nós, sim nós, a transformar aquele dom juan num cachorrinho domesticado. (major fail!! não vai acontecer aos 13, aos 30 nem aos 47, não vale a pena sonhar com unicórnios, eles não existem mesmo!!) a popularidade também não deve ser um factor de escolha de amizades ou amores. ser popular é de modas, é de conceitos e acabamos quase sempre por descobrir que idolatramos as pessoas erradas. a popularidade é muito frequentemente confundida com a beleza e a adaptação às modas. é sabido que muitas das grandes personalidades, que hoje reconhecemos como tal, tiveram de morrer antes de lhes ser atribuído algum crédito, já os músicos, actores e modelos são colocados em pedestais sendo donos de grandes personalidades ou sendo grandes esteios, não se faz distinção desde que se trate de mais um feliz contemplado do jackpot da natureza: uma carinha laroca e um corpinho danone.

no filme a menina pergunta à mãe o que ela mudaria se pudesse voltar atrás, ao que ela responde: nada! devemos o que somos hoje ao que fomos e fizemos ontem e se as nossas escolhas tivessem sido diferentes nós seriamos diferentes. talvez fosse mais interessante preocuparmo-nos com as nossas escolhas e atitudes de hoje, uma vez que serão elas a afectar a nossa vida amanhã!

1 comentário:

Jolie disse...

"... devemos o que somos hoje ao que fomos e fizemos ontem e se as nossas escolhas tivessem sido diferentes nós seriamos diferentes."
Certo! se quisermos ter um amanhã diferente, a atitude tem que ser tomada hoje! :)