hoje entrei numa loja da adidas, de muletas e com umas sapatilhas nike nos pés. dei uma vista de olhos na colecção e cruzei-me com um funcionário da loja:
sábado, 28 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
cócegas no cérebro
o meu sentido de humor pode ser mesmo muito alternativo, mas esta música dá-me vontade de rir!!
~
"... alone, i fight these animals
alone, until i get home..."
isto é mesmo engraçado ou sou só eu?!?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
homens
como conseguimos detectar um homem se estivermos de olhos fechados e ouvirmos uma voz filtrada? é mais ou menos assim:
"como arranjou isso? foi a jogar futebol?" ou "ó boua!?!" (como vocês pensaram todos).
é que, por alguma razão incompreensível, os homens pensam em futebol quando vêem alguém de muletas. (sim, eu sei, também pensam em futebol quando não vêem ninguém de muletas, bah!)
não sei o que fazer da minha vida...
depois de ler a notícia sobre a senhora (menina, era menina que queria escrever) de 29 anos (quase 30) que se suicidou porque, com aquela, idade ainda não estava casada nem tinha filhos.
eu sei que é um assunto demasiado sério para ser encarado com humor (vou apelar ao charlie, neste caso), mas acho que a minha condição de senhora (menina, era menina que queria escrever) de 32 anos (quase 33) que, com esta idade, ainda não está casada e não tem filhos me permite falar disto com um certo à vontade.
quando era jovem, (há muitos, muitos anos, portanto) e as minhas amigas começaram a casar e a ter filhos, eu pensava coisas como "como é que é possível?". ficava sempre surpreendida com a precipitação da coisa, com o passo tão sério que pessoas tão jovens estavam dispostas a dar. para sempre. à data, por alturas da mudança de século, achava eu que 2010, quando estivesse no alto dos meus 28 aninhos, seria uma boa altura para assentar. "nessa altura já vou ser muito madura e vou sentir-me preparada!", pensava eu, na minha gigantesca inocência, mas o tempo foi passando e não aconteceu nada. nada. estou na mesma.
até há bem pouco tempo, nunca, mas mesmo nunca me tinha ocorrido que o problema poderia estar na minha imaturidade e não na maturidade precoce das outras pessoas, como eu concluía sempre. e, verdade seja dita, ainda não sou a pessoa mais madura do mundo e casar ainda me parece demasiado permanente. (sim, tenho 32 anos (quase 33)... por fora.) não que não pense no assunto - penso no assunto e, secretamente, invejo todos os meus amigos que casaram e têm relações estáveis, mas o meu problema é o seguinte: até que a morte nos separe.
a sociedade já simplificou o assunto e o divórcio evita muitos suicídios (em modo: se é preciso morrer - que seja!), mas ainda assim as pessoas casam com o objectivo lua: para sempre! (nem todas, eu sei, algumas casam pela festa, mas estou a falar das pessoas mais comuns).
a minha imaturidade associada às minhas experiências amorosas transmitem-me mensagens pouco abonatórias ao passo "para sempre". imagino uma voz assustadora a sussurrar-me ao ouvido "paaaaaraaaaaa seeeeeeempreeeeee!!! uuuuuuuuh!" e fico assustada, claro que fico assustada. "ah, e tal, tens de estar ciente (pensei que esta palavra só existia na forma falada, às vezes surpreendo-me comigo própria. um ror de vezes, até. e vou ficar por aqui, nisto do vocabulário manhoso.) de que a paixão passa. a certa altura fica apenas o respeito e o companheirismo.".
ah? come again? eu li "o diário da nossa paixão", amigos. ou é para sempre ou não é! e, verdade seja dita, a fase pré-divórcio-vamos-fazer-um-esforço-nem-que-seja-só-pelas-crianças-lembra-me-outra-vez-porque-é-que-casei-contigo-tu-mudaste-tu-também deve ser péssima! conhecendo-me como me conheço, diria que uma fase desse tipo poderia arruinar a minha saúde psicológica.
escrevo sobre publicidade #34
"it's spring", iieeeeeey!!! ah, não, esperem... a senhora não me parece muito contente com o facto de ser primavera. talvez a lanidor...
nop, nem os 60% de desconto deixam esta gente animada, pá! massimo dutti, será?
hmmmmm... não, talvez não. ela está aborrecida...
gente, nós queremos é ser felizes! dêem-nos felicidade! perguntem à benetton que eles sabem!
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
the perks of being a wallflower
ou: as cenas incríveis que acontecem porque andamos de muletas.
hoje fui almoçar ao shopping e, tendo as duas mãos ocupadas, não há muito que eu possa fazer por mim própria, é um facto, mas há quem veja as coisas ainda mais dramáticas do que elas realmente são.
estava eu a caminhar (ou lá como se chama isto que ando a fazer por estes dias) do parque de estacionamento para a área comercial do shopping quando, quase a chegar à porta automática (vou frisar esta parte: automática!) vejo um tipo, que ia à minha frente, a parar e a gesticular na direcção do sensor para que a porta não fechasse enquanto eu passava. atravessei e agradeci, enquanto pensava: tenho de escrever isto no blog, é hilariante! (agora, depois de escrito, não me parece ser tão hilariante assim mas... eu estou lesionada, dêem-se um desconto.)
o senhor foi super querido e atencioso, mas será que pensou que, por andar de muletas, eu não accionava os sensores das portas automáticas?? acho que estou a ser vítima de qualquer coisa e ainda só ando nisto há meia dúzia de dias. vida dura.
1# negociação - a besta
pensei, seriamente, em intitular este post de beauty and the beast, mas achei que era demasiada presunção.
personagens: eu e o meu chefe (daqui por diante designado por "a besta". sim, claro, porque as palavras dele ferem como flechas e porque devemos, at all times, manter a devida distância - é perigoso lidar com ele.)
o objecto de estudo deste trabalho foi a acontecimento mais marcante da minha vida profissional. sei que este facto não abona muito a favor deste lado da minha vida, mas nenhum outro sucesso ou insucesso profissionais me marcaram mais do que o meu miserável desempenho profissional no ano de 2011.
personagens: eu e o meu chefe (daqui por diante designado por "a besta". sim, claro, porque as palavras dele ferem como flechas e porque devemos, at all times, manter a devida distância - é perigoso lidar com ele.)
o objecto de estudo deste trabalho foi a acontecimento mais marcante da minha vida profissional. sei que este facto não abona muito a favor deste lado da minha vida, mas nenhum outro sucesso ou insucesso profissionais me marcaram mais do que o meu miserável desempenho profissional no ano de 2011.
trabalhei com a besta no início da minha carreira (não sei se se pode chamar carreira a isto que estou a fazer mas pronto, é o que temos) e pareceu-me ser uma pessoa decente (não voltarei a fazer esta associação de palavras na mesma frase: besta e decente). era uma pessoa acessível (mais uma associação a evitar: besta e pessoa) e foi sempre cordial e construtivo nos comentários (isso ou i was blind but now i see). não fiquei minimamente incomodada quando me comunicaram, alguns anos mais tarde, que a besta seria, a partir daquele dia, o meu novo chefe.
mas a minha opinião sobre a besta mudou rápida e radicalmente quando ele começou a tratar os seus subordinados como se de crianças se tratasse. sempre arrogante e antipático, nunca foi mais do que um simples chefe. "líder" é uma palavra que, certamente, não consta do vocabulário dele.
não quero, nem pretendo em momento algum, dizer que o homem era limitado e não tinha capacidades, na verdade sempre achei que era uma pessoa muito inteligente e capaz. no entanto, por alguma razão que eu desconhecia, ele parecia tirar prazer do mal dos outros - rebaixava e envergonhava as pessoas sempre que lhe era possível, em frente a quem quer que fosse. em reuniões com gente externa à empresa não tinha qualquer problema em chamar incompetente a qualquer um dos seus colaboradores e quase inventada razões para ter a oportunidade de nos informar de que não estávamos a fazer o nosso trabalho convenientemente.
e tratava-me por "menina", como eu detestava ouvi-lo a dizer "a menina." - "a menina já terminou isto?", "já fez aquilo?", "com que processo está a menina?", "bom dia, menina.", "a menina...". na verdade ele tratava todas as colaboradoras por "a menina", talvez para facilitar a sua própria vida e não ter de decorar os nossos nomes. um chefe super atento, preocupado e acessível: not!
sobre mim: a leitura atenta de todos os posts deste blog permitir-lhe-á traçar o meu perfil, sem grandes desvios. em resumo (para o caso de não ter tempo de ler tudo antes do final da pg): insegura, pessimista, inteligente, capaz, amável, responsável e introvertida, entre outras.
mas a minha opinião sobre a besta mudou rápida e radicalmente quando ele começou a tratar os seus subordinados como se de crianças se tratasse. sempre arrogante e antipático, nunca foi mais do que um simples chefe. "líder" é uma palavra que, certamente, não consta do vocabulário dele.
não quero, nem pretendo em momento algum, dizer que o homem era limitado e não tinha capacidades, na verdade sempre achei que era uma pessoa muito inteligente e capaz. no entanto, por alguma razão que eu desconhecia, ele parecia tirar prazer do mal dos outros - rebaixava e envergonhava as pessoas sempre que lhe era possível, em frente a quem quer que fosse. em reuniões com gente externa à empresa não tinha qualquer problema em chamar incompetente a qualquer um dos seus colaboradores e quase inventada razões para ter a oportunidade de nos informar de que não estávamos a fazer o nosso trabalho convenientemente.
e tratava-me por "menina", como eu detestava ouvi-lo a dizer "a menina." - "a menina já terminou isto?", "já fez aquilo?", "com que processo está a menina?", "bom dia, menina.", "a menina...". na verdade ele tratava todas as colaboradoras por "a menina", talvez para facilitar a sua própria vida e não ter de decorar os nossos nomes. um chefe super atento, preocupado e acessível: not!
sobre mim: a leitura atenta de todos os posts deste blog permitir-lhe-á traçar o meu perfil, sem grandes desvios. em resumo (para o caso de não ter tempo de ler tudo antes do final da pg): insegura, pessimista, inteligente, capaz, amável, responsável e introvertida, entre outras.
back to school - classmates
é assim: se a minha turma não é a melhor turma de sempre, então eu não percebo nada de turmas.
entramos todos um bocadinho a medo, cada um de nós a analisar o resto da malta e, provavelmente, a pensar coisas como "raios, onde me vim meter!?!" e "será possível que eu seja a única pessoa normal nesta turma?" e, talvez, "oh mãe, fazias-me rica em vez de bonita!".
mas foi muito curto o período de tempo que demoramos a perceber que afinal, cada um à sua maneira, éramos uma turma super divertida, cúmplice e bem sucedida.
mestres do disfarce. criámos um grupo no whatsapp e passamos o tempo todo a trocar mensagens durante as aulas. (nas suas aulas ainda não tínhamos criado o grupo, professor, juro! além do mais, nas suas aulas, estávamos permanentemente em alerta máximo, não fosse o professor lembrar-se de nos chamar para negociarmos com o sr. silva ou com o antónio.) e daí, talvez não sejamos mestres do disfarce, mas já aprendemos muitas coisas úteis nas aulas. por exemplo: não pousar o telemóvel em superfícies duras, porque ele faz barulho ao vibrar, escrever mensagens por baixo da mesa enquanto se vai olhando de relance para o professor, que sempre dá menos nas vistas, e/ou colocar qualquer coisa grande e opaca na parte da frente da secretária. a parte mais complicada, por vezes, é conter o riso, tais são os assuntos e imagens partilhadas.
os momentos de lazer, esses são sempre top! é malta mesmo porreira, pá! (politiquices à parte, claro!)
caso a pg não tenha outras consequências positivas, por vocês já valeu a pena! estou a adorar!
mestres do disfarce. criámos um grupo no whatsapp e passamos o tempo todo a trocar mensagens durante as aulas. (nas suas aulas ainda não tínhamos criado o grupo, professor, juro! além do mais, nas suas aulas, estávamos permanentemente em alerta máximo, não fosse o professor lembrar-se de nos chamar para negociarmos com o sr. silva ou com o antónio.) e daí, talvez não sejamos mestres do disfarce, mas já aprendemos muitas coisas úteis nas aulas. por exemplo: não pousar o telemóvel em superfícies duras, porque ele faz barulho ao vibrar, escrever mensagens por baixo da mesa enquanto se vai olhando de relance para o professor, que sempre dá menos nas vistas, e/ou colocar qualquer coisa grande e opaca na parte da frente da secretária. a parte mais complicada, por vezes, é conter o riso, tais são os assuntos e imagens partilhadas.
os momentos de lazer, esses são sempre top! é malta mesmo porreira, pá! (politiquices à parte, claro!)
caso a pg não tenha outras consequências positivas, por vocês já valeu a pena! estou a adorar!
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
0.1# (um pequeno à parte) negociação - o meu pior pesadelo
ah, não, esperem, enganei-me, não era desse dia que queria falar-vos.
o dia de que eu queria falar-vos era o dia em que um professor me ia obrigar a dizer mais do que "o meu nome é numbi, sou licenciada em engenharia e trabalho numa empresa de construção." em frente aos meus colegas de turma. felizmente, esse dia chegou no segundo trimestre, quando eu já tinha percebido que nenhum dos meus colegas de turma me julgaria por corar, gaguejar ou simplesmente por não falar, de todo, tal o estado nervoso em que fico quando um professor olha para mim com segunda intenção, sendo a primeira "olhei para si por acaso, porque me disseram que devo olhar as pessoas nos olhos quando falo com elas." à qual reajo sempre com firmes acenos de cabeça, que pretendem significar "reparei que olhou para mim e gostava muito que pensasse que estive sempre atenta e que compreendi tudo o que me disse.". creio tratar-se de uma forma subtil de o professor dizer "veja se presta atenção à aula, menina!" "sir, yes sir!", é o que realmente representa o aceno de cabeça.
a segunda intenção diz sempre coisas mais perturbadoras, como "não olhei para si por acaso, menina, olhei para si porque pretendo falar-lhe!" ou "sabe a resposta a esta? ah?" ou, até mesmo, "fale-me um pouco sobre si!".
pronto, era aqui que queria chegar. chegou o dia em que um professor não só me fez falar em frente à turma inteira como tentou fazer-me falar sobre mim. uma combinação tão potente que me acelerou o coração e por pouco não me matava. a exagerar, eu?!? talvez, um bocadinho. pequenino. sem contar com as fantásticas recriações de filmes de terror operadas pela minha mente durante o sono, este era o pior dos meus pesadelos - falar em público sobre mim.
- diga-nos quem é a numbi.
simulei levantar-me, o professor percebeu:
- se não quiser não precisa de se levantar.
- não, professor, não há problema. - não, de facto o meu problema não era levantar-me. até estava bem vestida nesse dia. poderia ter sido um episódio ainda mais dramático se me tivesse apanhado num bad hair day.
- pode falar-nos um bocadinho sobre si?
- não gosto muito de falar em público.
não sei muito bem o que aconteceu nos segundos que se seguiram, mas o facto é que quando dei conta estava ao lado do professor a olhar os meus colegas de frente. drama, drama, drama.
- não precisa de estar nervosa, olhe como os seu colegas sorriem para si. conte alguma coisa sobre si aos seus colegas.
- preferia que fossem eles a perguntar. - arrisquei tudo.
pronto, era aqui que queria chegar. chegou o dia em que um professor não só me fez falar em frente à turma inteira como tentou fazer-me falar sobre mim. uma combinação tão potente que me acelerou o coração e por pouco não me matava. a exagerar, eu?!? talvez, um bocadinho. pequenino. sem contar com as fantásticas recriações de filmes de terror operadas pela minha mente durante o sono, este era o pior dos meus pesadelos - falar em público sobre mim.
- diga-nos quem é a numbi.
simulei levantar-me, o professor percebeu:
- se não quiser não precisa de se levantar.
- não, professor, não há problema. - não, de facto o meu problema não era levantar-me. até estava bem vestida nesse dia. poderia ter sido um episódio ainda mais dramático se me tivesse apanhado num bad hair day.
- pode falar-nos um bocadinho sobre si?
- não gosto muito de falar em público.
não sei muito bem o que aconteceu nos segundos que se seguiram, mas o facto é que quando dei conta estava ao lado do professor a olhar os meus colegas de frente. drama, drama, drama.
- preferia que fossem eles a perguntar. - arrisquei tudo.
o professor seleccionou um colega que me fez a melhor pergunta que me poderiam ter feito:
- o que significa, para ti, a tua família?
a pergunta fez-me relaxar. é um tema em que me sinto segura, não tenho assuntos por resolver, não tenho dúvidas: a minha família é o meu porto seguro. (obrigada pela pergunta.)
a verdade é que, quando voltei para o meu lugar, já estava num estado tal de descontração que disse ao professor:
- professor, qualquer coisa estou ali em cima!
claro que me arrependi de o ter dito um milésimo de segundo depois de começar a frase, mas já não havia nada a fazer, às vezes a minha boca é mais rápida do que o meu cérebro.
a destacar: depois deste episódio já participei duas vezes nas aulas, de livre e espontânea vontade. pela primeira vez em 18 anos de vida académica. não custa tanto como eu pensava. espero não vir a tornar-me a chata da turma que quer comentar tudo e está sempre cheia de dúvidas.
até nas lesões eu consigo ser uma seca!!
"tirei um sinal da planta do pé e não o posso pousar nos próximos 15 dias." é a resposta com menos pinta de sempre à pergunta "então, o que te aconteceu?". começo a ter um bocadinho de vergonha de dizer isto. acho que vou começar a dizer antes assim:
- olha, foi o seguinte: estava a fazer flyboard com um grupo de amigos quando, de repente, olho para a água e vejo um cachorrinho bebé atrapalhado. peguei na moto de água e fui salva-lo. tirei-o da água, sequei-o e tratei dele. adoptei-o e agora ele é o meu melhor amigo.
- e o pé?
- ah, pois, o pé. nesse mesmo dia, enquanto levava o tomy para casa (é assim que se chama o meu cachorrinho) vi um rapazola a roubar a carteira a uma velhinha e, como não posso com injustiças, corri a resgatar a carteira. foi nessa corrida que torci o pé. ainda assim, consegui apanhar o bandido e devolver a carteira à velhinha.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
0# negociação - sorrir em dias úteis
este post, bem como outros que o seguirão, é escrito no âmbito da disciplina de negociação, leccionada na pós-graduação em marketing management, numa prestigiada escola de negócios que, eventualmente, me conduzirá à fama e à fortuna.
e daí, como sou uma miúda modesta e pouco habituada a luxos, posso simplesmente ficar-me pelo emprego que me fará sair da cama com vontade de começar um novo dia de trabalho. sim, as minhas ambições profissionais passam por aqui: acordar com um sorriso na cara, em dias úteis.
diz que é necessário, para efeitos de avaliação, fazer um trabalho criativo, imaginativo e inovador - pois bem, this is it! isto é a coisa mais criativa, imaginativa e inovadora que eu sei fazer. se espero um 20? não, mas também não pretendo que seja esta cadeira a baixar-me a média.
a destacar: sim, professor, isto é a 3ª parte do meu trabalho.
ps: este será o trabalho confidencial menos confidencial da história dos trabalhos confidenciais.
a destacar: sim, professor, isto é a 3ª parte do meu trabalho.
ps: este será o trabalho confidencial menos confidencial da história dos trabalhos confidenciais.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
"tragam o antídoto, depressa! ela está a fazer reacção à anestesia!!!"
hoje de manhã fui tirar um sinal da planta do pé. não doeu, foi com anestesia, mas a falta de sensibilidade da médica ia arruinando os meus nervos:
- está a doer?
- não.
- é que já estou a picar e a fazer sangue!
ah? sangue? onde? wtf, ninguém me tinha falado em sangue! acho que estou a ficar mal disposta.
- está tudo bem?
- mais ou menos, não estou muito bem disposta...
- veio sozinha?
ah? sozinha? isto vai ser assim tão duro que precise de backup? parece que consigo imaginar a cena "officer down, officer down! need backup!".
isto tudo depois de eu ter assinado um termo de responsabilidade em que confirmava ter sido informada sobre tudo e mais alguma coisa, incluindo o "tipo de anestesia". às vezes, com medo de parecer ridícula, não faço perguntas básicas, como por exemplo "tipo de anestesia? quantos tipos há? dá p'ra morrer disso? ter reacções alérgicas? adormecer para o sono eterno? omg, contem-me tudo!!". estive, então, cerca de 20 minutos na sala de espera a pensar nos tipos de anestesia que existem e nos seu possíveis efeitos nefastos para a minha saúde. será que a anestesia utilizada neste tipo de procedimento seria igual à utilizada pelos dentistas? essa eu tinha a certeza que não me mataria. mas seria mesmo igual? e se tivesse uma reacção alérgica grave a este "tipo de anestesia"? é que uma pessoa nunca sabe de que é que vai perecer, não é?
seguiu-se o episódio:
- a pele do seu pé é muito dura! não costumo ter de fazer este tipo de pressão para dar pontos.
ah? pontos? na minha pele? sangue? a sensibilidade da sra. doutora andava pelas ruas da amargura, como eu que estava a levar pontos num pé ensanguentado. que cenário dos infernos!
- faz muito desporto?
a senhora é dermatologista, pelos anjos, já tenho gente que chegue, de outras especialidades médicas, a fazer-me esse tipo de pergunta, não acha? não há necessidade nenhuma!
-aaaaaaaahmmmmm... gosto muito de andar descalça, acha que pode ser disso?
- ah, então é isso!
ah, é porque é isso, do desporto é que não é, com certeza! damn, que chatinha, pá!
tudo isto já seria mau o suficiente, mas a aventura não se ficou por ali. the thing is: não posso pousar o pé no chão, porque tem pontos (muuuuito difíceis de dar, por sinal) e nós não queremos que eles rebentem ou rasguem a minha super pele, vai daí que tenho de andar de muletas (canadianas, para os mais chiques, que eu não quero que vos falte nada!).
sobre andar de muletas, tenho a dizer o seguinte: it sucks!! porquê? atentem aos três pontos descritos de seguida:
1. na minha primeira caminhada, da clínica para o carro, tive pensamentos como "ui, estou com demasiado tempo para pensar!", "vou demorar 3 horas a chegar ao carro!", "a esta velocidade não posso atravessar a estrada fora da passadeira...". e alterei as luzes de néon, que tenho permanentemente na minha mente, de "é sair da frente, ó faxabôr!" para "desculpem se estou a incomodar, sim?".
2. doem-me muuuuito os braços!! preciso de emagrecer violentamente, sou um monstro!!
3. demasiada atenção! way too much! este dado poder surgir como novidade para muita gente, mas detesto ser o centro das atenções! e, sim, eu sei que algumas pessoas estão genuinamente preocupadas comigo e para essas pessoas deixo já o meu sincero obrigada - quero com este agradecimento dizer que vou continuar a precisar que me abram as portas, que me tragam cafés e copos com água, que me dêem boleia para os mais variados sítios e que tenham muita paciência com a velocidade a que me desloco, nos tempos que correm, está bem? para as outras pessoas, e no sentido de evitar ter de dizer isto mais 374 vezes: não é nada grave, apenas tirei um sinal da planta do pé e não posso exercer pressão sobre ele nos próximos 15 dias. sim, é mesmo necessário usar muletas. sim, as duas. obrigada.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
posts desnecessários #55
ontem estava a experimentar vestidos, para o casamento que tenho amanhã, e o fecho de um dos vestidos não subia. pensamento imediato: "deve estar estragado!!". demorei mesmo pouco tempo a perceber que não era o fecho que estava estragado: o fecho não subia porque eu engordei o vestido encolheu e já não me serve.
fiquei em estado de choque!
dei mais uma oportunidade ao vestido e concluí que engordei ele encolheu mesmo!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
pequenas coisas que adoro #44
the summer day
who made the world?
who made the swan, and the black bear?
who made the grasshopper?
this grasshopper, I mean - the one who has flung herself out of the grass,
the one who is eating sugar out of my hand,
who is moving her jaws back and forth instead of up and down--
who is gazing around with her enormous and complicated eyes.
now she lifts her pale forearms and thoroughly washes her face.
now she snaps her wings open, and floats away.
i don't know exactly what a prayer is.
i do know how to pay attention, how to fall down
into the grass, how to kneel down in the grass,
how to be idle and blessed, how to stroll through the fields,
which is what I have been doing all day.
tell me, what else should I have done?
doesn't everything die at last, and too soon?
tell me, what is it you plan to do
with your one wild and precious life?
by: mary oliver
back to school - the score (the bet)
não sei muito bem como comunicar isto sem dar a entender que sou a maior... hmmmm, ora deixa cá ver... bem, cá vai: eu sou a maior!!!
damn it! não era bem esta a abordagem que queria seguir, mas agora já está, já está. (bem ao estilo: "era p'ra te mandar 5 contos mas quando escrevi isto já tinha o envelope fechado por isso não mandei.")
a minha média do primeiro trimestre é, oficialmente, 18. a maior, eu bem disse! (sim, sim, toda a gente na turma tem média alta, e quê, a minha média baixa por causa disso? não! atom xiu!!)
agora vou passar às notícias assim-assim.
quando começaram a sair as notas eu, além de ficar feliz, não conseguia deixar de pensar: numbi, isto só pode piorar. agora vai ser sempre a descer. tanto potencial para a desgraça.
os meus amigos, por outro lado, cheios de confiança em mim, congratulavam-me e davam-me força para continuar. eu, uma seca, acabava a conversa a sempre com o mesmo paleio "isto só pode piorar.". talvez por não aguentar mais os meus queixumes, uma amiga minha disse-me "aposto que vais acabar o curso com grande média.", blá blá blá pardais ao ninho "não vou nada, isto só pode piorar...", "então apostamos o quê? um jantar?". apostamos.
os meus amigos, por outro lado, cheios de confiança em mim, congratulavam-me e davam-me força para continuar. eu, uma seca, acabava a conversa a sempre com o mesmo paleio "isto só pode piorar.". talvez por não aguentar mais os meus queixumes, uma amiga minha disse-me "aposto que vais acabar o curso com grande média.", blá blá blá pardais ao ninho "não vou nada, isto só pode piorar...", "então apostamos o quê? um jantar?". apostamos.
agora as más notícias.
depois de sair a última nota do primeiro trimestre, que serviu para consolidar a minha média, fizemos um upgrade à aposta e decidimos escolher o restaurante: a casa de chá da boa nova. o caro, sim.
agora não sei se continue a aplicar-me ou...
depois de sair a última nota do primeiro trimestre, que serviu para consolidar a minha média, fizemos um upgrade à aposta e decidimos escolher o restaurante: a casa de chá da boa nova. o caro, sim.
agora não sei se continue a aplicar-me ou...
radio corredor
em conversa com um amigo, e com ar de satisfação:
- não me consigo controlar, sou muito boa naquilo!
- ei, não digas isso alto. e se alguém ouve isto fora do contexto?
estava, obviamente, a falar da pós-graduação e estava também, obviamente, a brincar, mas não deixou de ter a sua piada. parece que consigo imaginar:
- sabes aquela que tem ar de santinha? afinal é uma tola. o povo bem diz que as santinhas são as piores!
- olha, conheces a numbi? é ninfomaníaca.
- a rapariga deve ser tarada, para andar a dizer aquelas coisas no corredor de modo a toda a gente ouvir.
- oh, mulher, eu até me benzi quando ela disse aquilo.
- anda com todos.
- a ver se mantenho a distância de gente como ela.
- as moças de hoje em dia estão perdidas, no meu tempo não era nada disto...
- será que aquilo se pega? valham-nos os santos.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
posts desnecessários #54
ontem sonhei que estava a comprar uma fatia de salame de chocolate numa máquina de vending. estava feliz, gulosa, mas depois lembrei-me que não gosto de salame de chocolate porque sabe a ovo cru e fiquei muito confusa.
não sei se se tratou de um sonho ou de um pesadelo.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
será que ainda vou a tempo??
de parar de rir e sorrir, para todo o sempre, para ganhar menos rugas?
uma mulher britânica passou 40 anos sem sorrir.
uma mulher britânica passou 40 anos sem sorrir.
"eu às vezes fico feliz e até acho piada a muitas coisas, só que prefiro que as pessoas pensem que sou uma jovem antipática do que uma senhora madura cheia de alegria de viver." - poderia ter dito a senhora, em qualquer um dos 14600 dias que constituíram os últimos 40 anos.
parece que consigo imaginar a senhora, com ar muito sério, a dizer coisas como "isso é hilariante!" ou "adorei a piada!". hilariante também é imaginar a senhora a ver um espectáculo de stand up comedy. e ainda mais hilariante é imaginar o comediante a ouvir a resposta da senhora à pergunta "então, gostou do espectáculo?".
nem vou tocar nos temas: a família que nunca lhe viu um sorriso e as piores fotos festivas de todo o sempre.
é o que temos.
nem vou tocar nos temas: a família que nunca lhe viu um sorriso e as piores fotos festivas de todo o sempre.
é o que temos.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
24/7
sabem quando compramos um casaco novo e o passamos a usar com tanta frequência que nem conseguimos perceber muito bem como tínhamos conseguido viver até à data sem aquele casaco? quando parece que nunca na vida tivemos um casaco tão confortável e bonito como aquele? aquele período em que tememos que o casaco se estrague, algum dia, porque nunca mais na vida encontraremos outro casaco como aquele? a vontade de sair à rua só para poder usar o casaco mais uma vez? a necessidade de o mostrar aos amigos e de os fazer perceber que aquele é o melhor casaco de sempre? do mundo.
também acontece com pessoas, mas em modo mais profundo.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
enviaram-me e não consegui resistir. tão bom. tão real.
O Significado Real de 11 Expressões Femininas
1 – “Chega”
Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas acham que estão certas e tu tens que te calar.
2 – “5 minutos”
Se ela está a arranjar-se significa meia hora…”5 minutos” só são cinco minutos, se esse for o prazo, que ela te deu para veres futebol antes de ajudares nas tarefas domésticas.
3 – “Nada”
Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está a acontecer e que deves ficar atento. Discussões que começam em “Nada” normalmente terminam em “Chega”.
4 – “Tu é que sabes”
É um desafio, não uma permissão. Ela está a desafiar-te, e nesta altura tens que saber o que ela quer… e não digas que não sabes!
5 – Suspiro ALTO
Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que és um idiota e que só está a perder tempo a discutir contigo sobre “Nada”.
6 – “Tudo bem!!!”
Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. “Tudo bem!!!” significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando vais pagar na mesma moeda pelo que fizeste.
7 – “Obrigada”
Uma mulher está a agradecer, não questiones, nem desmaies. Apenas diz “de nada”. A menos que ela diga “MUITO obrigada” – isso é PURO SARCASMO e ela não está a agradecer por coisa nenhuma. Nesse caso, NÃO digas “de nada”. Isso apenas provocará o “Esquece”.
8 – “Esquece”
É uma mulher a dizer “Vai-te LIXAR!!”
9 – “Deixa estar, EU resolvo”
Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes a um homem para fazer algo, mas agora está ela a fazer. Isto normalmente resulta no homem a perguntar “mas afinal o que é que queres?”. Para a resposta da mulher, consulta o ponto 3.
10 – “Sabes, estive a pensar…”
Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
11 – “Precisamos ter uma conversa!”
Ui! Estás a 30 segundos de levar na cabeça…
1 – “Chega”
Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas acham que estão certas e tu tens que te calar.
2 – “5 minutos”
Se ela está a arranjar-se significa meia hora…”5 minutos” só são cinco minutos, se esse for o prazo, que ela te deu para veres futebol antes de ajudares nas tarefas domésticas.
3 – “Nada”
Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está a acontecer e que deves ficar atento. Discussões que começam em “Nada” normalmente terminam em “Chega”.
4 – “Tu é que sabes”
É um desafio, não uma permissão. Ela está a desafiar-te, e nesta altura tens que saber o que ela quer… e não digas que não sabes!
5 – Suspiro ALTO
Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que és um idiota e que só está a perder tempo a discutir contigo sobre “Nada”.
6 – “Tudo bem!!!”
Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. “Tudo bem!!!” significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando vais pagar na mesma moeda pelo que fizeste.
7 – “Obrigada”
Uma mulher está a agradecer, não questiones, nem desmaies. Apenas diz “de nada”. A menos que ela diga “MUITO obrigada” – isso é PURO SARCASMO e ela não está a agradecer por coisa nenhuma. Nesse caso, NÃO digas “de nada”. Isso apenas provocará o “Esquece”.
8 – “Esquece”
É uma mulher a dizer “Vai-te LIXAR!!”
9 – “Deixa estar, EU resolvo”
Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes a um homem para fazer algo, mas agora está ela a fazer. Isto normalmente resulta no homem a perguntar “mas afinal o que é que queres?”. Para a resposta da mulher, consulta o ponto 3.
10 – “Sabes, estive a pensar…”
Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
11 – “Precisamos ter uma conversa!”
Ui! Estás a 30 segundos de levar na cabeça…
muito, muito obrigada, sephora!!
a vossa generosidade comove-me! finalmente vou poder cometer "as maiores loucuras de beleza" (??). 10% de desconto (com asterisco, não vá eu querer comprar um produto especial de corrida que, valham-me os santinhos todos, não possa de forma alguma usufruir deste astronómico desconto) é, de facto, a melhor razão para cuidar de mim. não fechem as lojas enquanto eu não chegar, estou a caminho (juntamente com os outros milhares de mulheres que receberam esta incrível promoção).
sephora, da próxima vez não destruam o ambiente, mandem uma mensagem de texto. prometo que lhe darei tanta importância como dei à carta: zero!!
ah, é verdade, quase que me esquecia de mencionar este pequeno pormenor: estamos em época de saldos, amigos, 10% de desconto não me faria levantar o rabo da cadeira em época de preços base.
nem oito nem oitenta. não há paciência!
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