daqui a pouco vão querer que a gente faça arranjos na roupa para que ela assente melhor... esta gente não tem limites, pá, que abuso!! experimentar... olha q'esta está boa..."
no sábado fui a uma loja chamada luanda fashion center. a publicidade era tanta e tão boa que achei que valia bem a pena dar-lhe uma oportunidade. fiquei desiludida logo à entrada com a dimensão da loja, que julguei ser bastante maior, mas reflecti e tentei convencer-me "numbi, o tamanho não importa, o que importa é a qualidade!" (são coisas que as miúdas pensam quando... entram em lojas de roupa... e... pronto, é isso...). mas depois comecei a ver os artigos que vendiam e lá fui encontrando uma ou outra peça interessante, que fui acumulando no braço para depois me dirigir aos provadores e experimentar. ao longo do processo de recolha de peças interessantes, por mais do que uma vez fui abordada por funcionários da loja que queriam dar-me um cestinho "para colocar as suas compras". que chatinhos, pá, (des)larguem a minha perna!!
só percebi a razão dos cestinhos quando a minha amiga de luta veio ter comigo, com ar de isto-não-é-possível-tu-nem-vais-acreditar, e me disse "aqui não se pode experimentar!!" ao princípio não quis perceber bem "não se pode experimentar? ah?" "não, não se pode experimentar!!" "mas... e como vamos saber se isto serve ou não?" "sei lá, não se pode experimentar..." nisto já uma das funcionárias da loja tinha chegado ao pé de nós com o discurso "não se pode experimentar." "mas vamos levar as coisas sem sequer sabermos se nos servem?" "não se pode experimentar." "então, e se ficarem mal?" "não se pode experimentar." "mas... mas..." "não se pode experimentar." "mas eu não vou comprar estas peças todas, só quero uma" "tem de comprar e experimentar em casa. se não servir nós trocamos" embora as palavras que saíam da minha boca fossem diferentes, na minha cabeça ecoava "wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!?!...".
arrisquei tudo e vesti um top por cima da roupa que trazia no corpinho. tinha de saber se aquilo me servia ou não, não ia comprar uma coisa sem saber sequer se era o meu número. "não pode experimentar. eu posso ser despedida por causa disto. são ordens do patrão, não pode experimentar." "ok." ("wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!?!...").
decidi-me por uma das peças, para levar para casa à confiança, e perguntei à menina da caixa:
- se não me servir ou se ficar mal posso trocar?
- só pode trocar se não servir, se ficar mal não trocamos...
- mas...
- só trocamos por outro tamanho...
- mas...
acabamos por concluir que trocavam por outra peça de valor igual ou superior, mas deu muita luta.
depois das boutiques que só têm uma peça de roupa de cada modelo, de um tamanho aleatório, e das sapatarias que também só têm um par de calçado de cada modelo, de tamanho aleatório, isto foi a cereja em cima do bolo: a loja de roupa onde é proibido experimentar.
assim é a vida por angola...
só percebi a razão dos cestinhos quando a minha amiga de luta veio ter comigo, com ar de isto-não-é-possível-tu-nem-vais-acreditar, e me disse "aqui não se pode experimentar!!" ao princípio não quis perceber bem "não se pode experimentar? ah?" "não, não se pode experimentar!!" "mas... e como vamos saber se isto serve ou não?" "sei lá, não se pode experimentar..." nisto já uma das funcionárias da loja tinha chegado ao pé de nós com o discurso "não se pode experimentar." "mas vamos levar as coisas sem sequer sabermos se nos servem?" "não se pode experimentar." "então, e se ficarem mal?" "não se pode experimentar." "mas... mas..." "não se pode experimentar." "mas eu não vou comprar estas peças todas, só quero uma" "tem de comprar e experimentar em casa. se não servir nós trocamos" embora as palavras que saíam da minha boca fossem diferentes, na minha cabeça ecoava "wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!?!...".
arrisquei tudo e vesti um top por cima da roupa que trazia no corpinho. tinha de saber se aquilo me servia ou não, não ia comprar uma coisa sem saber sequer se era o meu número. "não pode experimentar. eu posso ser despedida por causa disto. são ordens do patrão, não pode experimentar." "ok." ("wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!? não se pode experimentar?!? wtf?!?!...").
decidi-me por uma das peças, para levar para casa à confiança, e perguntei à menina da caixa:
- se não me servir ou se ficar mal posso trocar?
- só pode trocar se não servir, se ficar mal não trocamos...
- mas...
- só trocamos por outro tamanho...
- mas...
acabamos por concluir que trocavam por outra peça de valor igual ou superior, mas deu muita luta.
depois das boutiques que só têm uma peça de roupa de cada modelo, de um tamanho aleatório, e das sapatarias que também só têm um par de calçado de cada modelo, de tamanho aleatório, isto foi a cereja em cima do bolo: a loja de roupa onde é proibido experimentar.
assim é a vida por angola...
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