sabemos que algo está mal quando passamos na caixa do supermercado e pensamos: "eu podia fazer isto! deve ser espectacular trabalhar na caixa do supermercado!".
após um pequeno percalço na minha carreira profissional, decidi que tinha de mudar de vida, se não vivia satisfeita. (sim, é a letra da música - muito bom conselho, por sinal.) e, de facto, não vivo mesmo nada satisfeita.
"nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir" (by: sêneca), e embora eu não saiba ao certo para onde ir, vou arriscar um caminho porque "triste não é mudar de ideia, triste é não ter ideia para mudar" (by: francis bacon).
é desta que vou levantar o rabinho desta cadeira fofinha e confortável. preciso de descolar deste comodismo desconfortável. vou pôr-me desconfortável para poder apreciar o conforto, vou sofrer um pouco (talvez muito, depois conto-vos) para valorizar o bem-estar, vou dar com a cabeça na parede para que jamais outra parede me assuste, vou enfrentar a vida para que não seja ela a fazer-me frente, vou partir para conhecer o prazer de regressar, vou parar de me rever nas aventuras dos outros e viver as minhas próprias aventuras, vou percorrer o caminho da felicidade com a certeza de que ela não está na meta, mas em cada pormenor da minha existência. (disse existência? queria dizer caminhada...).
é certo e sabido que o ser humano é uma vil criatura de ambição infinita, que por muito que tenha quer sempre mais, e eu não quero ser a excepção, apenas desejo chamar-lhe sonhos e sentir-me em paz enquanto os persigo...
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