ontem jantei fondue de carnes pela primeira vez. never say never, mas é possível que também tenha sido a última.
uma amiga ofereceu-me um voucher (uma querida, obrigada!) e lá fui eu com outra amiga comer um fonduezito de carnes.
a ignorância limitou o meu conhecimento sobre toda essa ciência que é o fondue. pensei que só existiam dois tipos: o de queijo e o de chocolate. no primeiro mergulhava-se carne no queijo e no segundo mergulhava-se fruta no chocolate (yummi, uma delícia!!). estava, obviamente, enganada.
o menu da noite:
entradas: queijo gratinado com oregãos e alheira envolvida em massa filó. (facada, facada, facada.)
bebida: um rosé qualquer, que por sinal era bem bom! (facada.)
prato principal: carne crua, batata frita, molho de pimenta, molho de cocktail, molho de caril, molho picante e arroz.(facada, facada, facada, facada, facada, facada.)
sim, crua!! não importa se era de urso panda ou de dragão de komodo, era carne crua, ok? (era porco e boi, e ainda estavam quase vivos!!)
senti-me muito inculta e muito lateira (como acontece com frequência). como é que eu ainda não tinha ouvido falar de fondue de carne (crua)? porque é que eu prefiro presunto acompanhado por broa e azeitonas, porquê?
aquilo era uma espécie de talho, mas com mais pinta. mas se eu quiser comprar carne crua não ficará mais em conta ir mesmo a um talho? falo dos normais, daqueles com talhante e tudo. (deixo este pensamento no ar...)
(pimenta nessa língua, menina, pimenta!!) eu sei que estou sempre a dizer mal de tudo e de todos, mas... estava crua, percebem? e nem sequer a temperaram em vinha d'alho, nem nada... o sal vinha à parte. devem pensar: "a temperar a gosto, não vá o cliente ter a tensão alta..." e o colesterol, minha gente?? e o colesterol?
e vocês ainda devem estar a perguntar-se: mas era suposto comeres a carne assim, crua? não, claro que não! traziam também a fritadeira para eu fritar a minha própria refeição. (facada, facada.) chamam-lhe aparelho de fondue, que realmente soa melhor do que fritadeira...
sempre me perguntei porque é que, nos restaurantes, as pessoas pediam coisas como carne na pedra (sendo que o que lhes é servido é a carne e a pedra.). e há uma coisa que nunca compreendi muito bem, se as pessoas querem cozinhar porque não o fazem em casa? será o devorador instinto consumista que os obriga a sairem à rua e a utilizarem o cartão de crédito? será exibicionismo? "estão a ver como se vira a carne?" "tirei-a no ponto, conseguem fazer o mesmo?" "al punto de sal, ah? ;)" "vês como tenho jeitinho com as mãos?" "queres sair comigo? sei cozinhar!" "i'm too sexy for my meat...". não sei, não compreendo... só vou comer a um restaurante por estes motivos: não me apetece cozinhar, não tenho uma cozinha à mão, apetece-me comer especificamente o que servem naquele restaurante, é festa, ofereceram-me um voucher, convidaram-me, não me apetece cozinhar (eu sei!).
moral da história: comi queijo, alheira, massa filó, carnes fritas (por moi-même) acompanhadas por molhos, batatas fritas e arroz. isto tudo regado por um rosé. têm noção da dimensão da facada que isto foi, não têm? deviam servir pastilhas anti-colesterol e ansiolíticos de sobremesa! eu acho...
é mentira que só aprendemos com os nosso próprios erros, é possível aprendermos com os erros dos outros, a sério! se eu já tivesse visto alguém a comer daquilo nunca teria experimentado!
2 comentários:
O fondue de queijo é com pão!
pois, podias ter dito isso antes, não? mas o pão já vem cozido ou...? :p
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