segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

querido pai natal


o ano passado, abusando da minha sorte, fiz-te um pedido e confesso que, durante meses (muitos, até...), andei chateadinha, a pensar que te tinhas esquecido de mim. não foi bem chateadinha foi mais assim do tipo... como se diz... louca! fora de mim! sim, durante meses (muitos, até...), não tive o mínimo controlo sobre mim própria. 

pai natal, quero pedir-te desculpa por ter duvidado da tua bondade. peço desculpa por ter pensado que me tinhas abandonado à minha sorte (que não foi muita, desde o último natal...). peço também desculpa às pessoas que estão a ler isto e a pensar "então eu não servi para nada?" porque tenho plena consciência de que sou uma pessoa  muito afortunada, no que toca a família e a amigos, e de que não faltou quem estivesse comigo, quem me ouvisse, quem me desse forças, quem me apoiasse: quem me aturasse. as minhas mais sinceras desculpas se, por vezes, sinto que o que tenho não chega. perdoem-me sempre que eu não valorizar a vossa amizade como ela deve ser valorizada: ao máximo. absolvam-me de todas as acusações que me possam ser dirigidas, não é premeditado, é involuntário, quanto muito é negligente. 

meu querido pai natal, nos últimos tempos tenho dado por mim a receber o teu presente. não o encontrei debaixo de uma árvore, nem dentro de uma meia. não o encontrei um dia, por acaso, enquanto arrumava o meu quarto (a probabilidade de lá encontrar coisas "perdidas" não é mínima, não senhor). nem dei com ele quando procurava a fita-cola no armário do sótão. mas isso também não interessa para nada, o que realmente interessa é que o tenho recebido. tenho-o recebido aos pouquinhos, como se me fosses trazendo peças de um puzzle. por esta altura já começo a perceber a imagem, não deve faltar muito para que fique completo.

obrigada, pai natal, além de seres fixe estás a fazer um trabalho fantástico! 

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