segunda-feira, 2 de maio de 2011

acontece tudo outra vez

e eu estou tão cansada disto, mas tão cansada...

não imaginas como eu gostava de estar aí para ti como estiveste aqui para mim, mas não sou capaz, fogem-me as forças da alma e do corpo. sinto-me a desvanecer, encolho até desaparecer.
sinto-me menos do que nada quando um simples ás é mais importante do que eu, questiono se ainda existo realmente. mas depois de pensar bem tenho a certeza que sim, existo! porque se não existisse não seria possível ignorar-me, não é?

não consigo entender essa revolta interior e esse sentimento de "vingança" agora. não consigo! não consigo porque os conheço perfeitamente, sinto-os constantemente e nem sempre os consigo controlar. quase nunca os consigo controlar. mas só os sinto quando a minha mente está convencida de que tem razões mais do que suficientes para se querer vingar. depois dou início ao "processo de vingança" e acabo quase sempre por concluir que dei uma unha à minha mente e ela a transformou num corpo inteirinho...  mas agora não. agora não consigo entender, a minha mente não encontra razões para que o meu coração seja vítima desse poderoso e destruidor sentimento. não será a tua mente semelhante à minha?

acho que, inconscientemente, quis acusar-te de tantos anos de sentimentos reprimidos, de tantos anos a fazer crescer uma pequena unha. e, no caminho, não percebi que isso era passado. estava tudo tão nublado na minha cabeça... nunca quis magoar-te. o objectivo da minha acusação era apenas fazer-te entender que precisava de atenção, de confiança e de certezas! tinha a certeza que viriam com o "rótulo", mas não as vi chegar... não chegaram.
nunca imaginei que fosses capaz de me acusar do que quer que fosse, porque eu tinha sempre razão e dei sempre o meu melhor para ser uma pessoa boa, mas quando o fazias até fazias sentido... não entendia muito bem o fenómeno, mas deixava-me a pensar. concluí que não era exactamente como pensava ser, descobri que a razão não estava exclusivamente comigo, e resolvi tentar mudar-me. estava a iniciar o processo quando o meu tecto ruiu...

existo e mereço mais, como tu também mereces!

existo e estou aqui...

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