carpe diem

no passado domingo fui a uma praia chamada "carpe diem", em cabo ledo. o nome não poderia ser mais apropriado porque é, de facto, facílimo aproveitar o dia ao máximo num sítio fantástico, como aquele! 

sem querer insultar-me, fui bastante inconsciente no que toca a protecção solar. não que não tenha usado protector, porque usei (50+), mas não achei importante reforçar ao longo do dia. não me sentia minimamente queimada, à excepção da cara, onde fui reforçando a dose. resultado: um valente escaldão! de quando em vez estas coisas têm mesmo de acontecer, para nos lembrarmos da razão pela qual devemos seguir os conselhos dos especialistas: reforçar a protecção de x em x tempo e não nos expormos nas horas de maior calor. check! da próxima vou ter mais cuidado, prometo! 

depois de uns banhos de mar e sol (mais sol, no meu caso) lá conseguimos ir almoçar ao único restaurante do local, que estava a abarrotar de gente descontraída e coradinha pelo sol. como fomos das últimas pessoas a almoçar, eram cerca de 3 horas da tarde quando começamos a comer, quando terminamos já não havia quase ninguém no restaurante, à excepção de uma outra mesa onde se sentavam meia dúzia de pessoas. daí a um bocado começam a chegar acessórios de festa e... boliiiiinhoooooo!!! lá começamos nós com os nossos comentários do "que bolo grande para tão pouca gente, podiam partilhar..." "nós nem comemos sobremesa, vinha mesmo a calhar uma fatiinha de bolo!" e blá blá blá pardais ao ninho. pedimos a conta e, surpresa das surpresas, apareceu o aniversariante com bolinho para nós!! (sim, sim espantem-se, que eu também me espantei...) um rapaz, bem parecido, que fazia 13 anos (dava-lhe uns 20...), super simpático e animado. demos-lhe os parabéns e agradecemos o gesto. ainda tivemos a oportunidade de falar com o padrinho e com o pai do miúdo. gente super simpática.

agora vem a parte racista da história. 

ficamos todos surpreendidos com aquela atitude porque (é agora, fait attention!) os portugueses são mesmo pessoas com a mania!! algum dia um grupo de portugueses num restaurante ia oferecer bolo a uma mesa cheia de angolanos? pois, também não me parece.

fica a lição!