que preferia que ninguém soubesse... são coisas embaraçosas... e eu sou tímida... :$ (estão a ver?)
mas, uma vez que fui recordada de uma dessas coisas pelo arroz do céu dela, agora vou desvendar algumas coisas que foram acontecendo ao longo da minha "carreira".
eu não minto. sendo a meu favor ou contra mim, eu não minto. era uma convicção que tinha quando a minha inocência tinha completo controlo sobre mim. (e isso só deixou de acontecer há bem pouco tempo)
na minha entrevista de emprego, para a empresa onde trabalho actualmente, (como vêem a coisa nem correu assim tão mal!) cheguei ligeiramente mais tarde que a maioria dos outros candidatos (os outros cerca de 28...) e, como consequência, tive de me sentar na fila da frente do auditório... damn... menos mal que tinha levado umas calças de tecido e botinha de salto alto, assim poderiam verificar que me esforcei. a coisa estava a ser bastante pacífica, perguntas aleatórias aos candidatos e suddenly: "a menina, aqui na frente, é isto que gosta de fazer? era isto que queria fazer?" (se a pergunta não foi esta, e é bem possível que tenha sido uma variante qualquer, foi a isto que eu respondi) "não, não é disto que eu gosto, eu gosto mesmo é de cantar! mas tirei este curso e agora é nisto que vou trabalhar" (a resposta também pode ter sido uma variante a isto, mas o ponto crucial da questão é este: "NÃO, EU GOSTO MESMO É DE CANTAR!") mas o que é que lhe terá passado pela cabeça?? será que não quer mesmo este emprego?? mas então porque estará aqui, na entrevista?? (isto, alguns adjectivos como burra, estúpida, croma, inocente, anormal e expressões como "já foste", "daaaaah", "mas o que vem a ser isto?" "cai na real, miúda", devem ter passado pela cabeça de todos os outros candidatos e entrevistadores) tinha uma amiga ao meu lado (também chegou uns segunditos mais tarde que os outros 28...) que hoje, 5 anos volvidos, ainda se parte a rir de cada vez que se lembra disto. (mas não se ri assim p'ro ar, ri-se p'ra (de) mim!!) a verdade é que ambas, eu e a minha amiga, conseguimos o emprego! (não sei... deve ter sido por causa das calças ou das botas, é que não sei mesmo...) é que a vida tem razões que a própria razão desconhece!
outro episódio (que preferia não relatar): fui cantar as janeiras com o grupinho do costume. janeiro, ainda em modo "espírito natalício", lá vão eles, felizes e contentes, cantar o tradicional noite feliz...eles não, eu... a solo... em casa do pároco da freguesia... e Deus me perdoe, que grande fiasco!! foi mais ou menos assim: "... dorme em paz ó Jesu (respiração) us, (um buraquinho ó faxabor) (tirem-me daqui) (aaaaaaaaaaaah) dorme em paz ó Jesus."
poderia contar-vos também aquela vez em que ensaiei mal as estrofes do salmo, e convicta das minhas potencialidades, as cantei todas mal na missa! ou então aquela(s) vez(es) em que simplesmente me esqueci da melodia e cantei p'ra lá qualquer coisa. poderia contar-vos também a vez em que usava uma t-shirt com um grande 69 na frente e fui cantar o salmo num casamento, ou a outra do funeral e da t-shirt vermelha que dizia na frente qualquer coisa como "lost in paradise"...
felizmente a minha mente faz filtros e não consigo recordar-me de todas as tristes figuras que já fiz ao longo da minha "carreira", mas posso garantir-vos que são mais que muitas e algumas delas dignas de constar num qualquer livro humorístico, daqueles em que ficamos a pensar "não é possível..." mas é possível, meus amigos, é possível...
"estive a ver os desenhos e encontrei as portas todas, menos a porta piaçaba!"
é possível... :)
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